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Salvador tem os meses de março, abril e maio mais chuvoso dos últimos 36 anos

Climatologicamente maio é o segundo mês mais chuvoso de Salvador, com média de 279,8 mm, ficando atrás somente de abril (com 295,7 mm). Já em 2020, a capital baiana apresentou chuvas bem acima da média climatológica.

Analisando os dados da estação climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Aldírio Almeida afirma que os meses de março, abril e maio deste ano tiveram maiores índices de precipitação desde o ano de 1984.

“De acordo com a estação do INMET, localizada no bairro de Ondina, choveu cerca de 1270,3 mm ao longo do último trimestre. Com isso, pode-se afirmar que, é o março, abril e maio mais chuvoso dos últimos 36 anos na capital baiana e o terceiro da série iniciada em 1963, perdendo apenas para 1984 (com 1504,6 mm) e 1975 (com 1467,5 mm)”, explica o especialista.

Ao considerar somente o mês de maio, também de acordo com a estação climatológica do INMET, constatou-se que o bairro de Ondina choveu equivalente a 454,2 mm, sendo maio mais chuvoso desde 2015 (639,0 mm) na região.

A meteorologista Diva Cordeiro, que também atua no Inema, lembra que a previsão de tempo é uma estimativa das condições atmosféricas em um determinado lugar e num intervalo de tempo limitado (de horas a alguns dias), elaborada a partir das análises dos modelos numéricos de previsão, das imagens de satélites e também dos dados observados.

Fazendo um panorama analítico para o mês de junho, Cordeiro avalia que a tendência é que Salvador se mantenha com chuvas acima do normal com relação aos anos anteriores. “O mês de junho continua inserido no principal período chuvoso de Salvador, o qual apresenta climatologia de 245,6 mm. A tendência é de que estas chuvas ocorram de maneira normal a acima da normal climatológica ao longo do mês de junho”, avalia.

Veja abaixo a lista dos bairros com os maiores acumulados para o mês de maio:

– Centro (530,5 mm)
– Tancredo Neves (528,0 mm)
– Itapuã (523,2 mm)
– Cosme de Farias (515,1 mm)
– São Caetano (507,2 mm)
– Caminho das Árvores (481,1 mm)
– Cabula (475,8 mm)
– Periperi (462,8 mm)
– Ondina (454,2 mm)
– Valéria (447,6 mm)
– Águas Claras (445,8 mm)
– Rio Sena (427,2 mm)
– Federação (420,9 mm)
– Alto do Peru (409,6 mm)

(INEMA)

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