Política

Prefeitos e vereadores diante do corona, entre acertos e desatinos

Com a ressalva de que convém repicar a velha máxima, a política não é a atividade mais descarada, é apenas a mais escancarada, alguns dos atos, bons e ruins, praticados por prefeitos e vereadores traçam um painel sobre os humores dos nossos representantes.

No bloco dos maus exemplos, Itapitanga saiu na frente. Lá, o último ato dos vereadores antes de entrar em isolamento foi justamente aumentar os salários deles de R$ 5.950 para R$ 6.450. Em Santa Luz, aumento geral.

Mas cara de pau mesmo foi o vereador Romilson Cedraz (DEM), de Valente, que entrou com um mandado de segurança para garantir um aumento que ainda está prometido. Para o bem do bom senso a juíza Renata Furtado Foligno negou. Ou melhor, mandou ele tomar juízo.

PREFEITOS – Noutra ponta, prefeitos como Antônio de Anízio (PP), de Itacaré, Marcos Ailton (PP), de Lençóis, Eduardo Vasconcelos (PSB), de Brumado, e Gilberto Brito (PSB), de Paramirim, reduziram os salários em nome da crise.

Num ano eleitoral lógico que o tiroteio segue. Adversários apontam a demagogia, mas Gilberto Brito, que ganha R$ 15 mil e vai abrir mão da metade, garante que com ele não. “Estou com a mão na cabeça. Tenho aqui um pequeno hospital de 20 leitos e ainda recebo pacientes de Érico Cardoso, Caturama, Rio do Pires e Botuporã. O vírus não chegou aqui, mas já está em Brumado, a 108 km. Teremos dias difíceis”.

(Levi Vasconcelos)

A Tarde

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