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Distribuição de benefícios não é opção ideológica, é legítima defesa

Pasmem os senhores. O vereador Carlos Bolsonaro, do Rio, filho do presidente, saiu a bradar contra a distribuição de benefícios na crise gritando: ‘O desenho é claro: partimos para o socialismo. Todos dependentes do estado até para comer, grandes empresas vão embora e o pequeno investidor não existe mais’.

Por uma boa ironia ele postou isso nas redes em 1º de abril, o Dia da Mentira. Quando Trump nos EUA e Bolsonaro cá abrem os cofres sabem que estão irrigando as raízes. Senão os galhos lá em cima morrem. É legítima defesa.

Avanço — Aliás, esse tipo de postura embute outra questão, a das boas lições que tais crises deixam. Está explícita a postura de que o mal estar do sem quase nada incomoda a outra ponta.

Ou noutras palavras, já vivemos numa sociedade extremamente injusta, desigual, alguns privilegiados, outros na senzala, e a violência imperando, mas desequilibrar a estruturação atual é pior para toda a cadeia.

Ótimo entendimento. Óbvio que no bojo da crise surgem extremos para todos os gostos, de Carlos, o acima citado, à inglesa Sophie Lewis, que no site jornalístico OpenDemocracy, da Inglaterra, patrocinado pelo bilionário George Soros, publicou um artigo com o título de “A crise do coronavírus mostra que é hora de abolir a família”.

Simplesmente prega o fim da família. Ainda bem, a lição que fica é a que cola.

Levi Vasconcelos

(A Tarde)

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