Esporte

Bahia reduz em 25% salário de jogadores e comissão técnica

Diante da pandemia do novo coronavírus e da paralisação das atividades relacionadas ao futebol, o Bahia voltou a tomar medidas mais duras para minimizar o prejuízo financeiro durante a temporada.

Em entrevista à Rádio Metrópole, nesta terça-feira (28), o presidente do tricolor, Guilherme Bellintani, confirmou que o clube reduziu em 25% os salários de atletas, comissão técnica e diretoria. A redução vale pelo período em que o calendário estiver paralisado.

“Os atletas, comissão técnica e diretoria tiveram salário reduzido em 25%, já fechamos esse acordo com eles, que foram muito parceiros do clube a gente entendeu que era o momento de cada um fazer suas concessões, os atletas também entenderam isso, e a gente só vai voltar a pagar o salário integral quando os jogos voltarem”, afirmou Bellintani.

O presidente tricolor explicou ainda que decidiu cortar 100% do próprio salário durante a pandemia e não vai ser remunerado pelo clube até que a bola volte a rolar. “Eu não só tive meu salário reduzido como não receberei meu salário porque entendo que a prioridade é pagar o salário dos funcionários do clube, dos atletas e obrigações básicas do Bahia. Eu não receberei o salário até o fim da pandemia”, continuou ele.

Desde a pausa nas atividades, no dia 18 de março, o Bahia vinha negociando a redução dos salários de atletas e funcionários da diretoria. A decisão afeta os jogadores do elenco principal e os que estavam atuando na equipe sub-23 e possuem contrato com o clube.

A única categoria não afetada foi o futebol feminino, que possui contrato diferente do restante dos atletas. Nos últimos dias, o Esquadrão outras 35 equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro feminino receberam ajuda financeira de R$ 50 mi cada da CBF para bancar o custo das atletas.

A medida de reduzir os salários não foi a única adotada pelo tricolor. Depois de três anos, o clube decidiu encerrar o projeto do time sub-23 e não renovou contrato com o técnico Dado Cavalcanti e outros membros da comissão técnica. Por conta da pandemia, o Esquadrão não tem a garantia da CBF de que terá calendário para a categoria no segundo semestre.

Os atletas do time de transição que estavam disputando o Campeonato Baiano e que têm contrato com o clube, vão ser aproveitados no elenco de Roger Machado ou emprestados para outras equipes. Já os jogadores que têm vínculo se encerrando, vão deixar a Cidade Tricolor.

Além disso, o Bahia tem renegociado contratos e incentivado o torcedor a manter o pagamento do plano de sócios durante o período sem jogos, dando, inclusive, descontos nas parcelas.

Na estimativa do Bahia, o clube pode ter prejuízo de até R$ 60 milhões durante a pandemia. Com isso, dificilmente o Esquadrão conseguirá alcançar o orçamento recorde de R$ 180 milhões, apresentado no final do ano passado para a atual temporada.

(Correio)

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