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Uso do álcool gel nas mãos não compromete teste no bafômetro

O uso do álcool gel para higienizar as mãos não interfere na aferição do nível de álcool no sangue a ponto de resultar em multa para o condutor. Agentes que atuam na blitz da Lei Seca da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) fizeram testes para comprovar que que o uso da substância nas mãos não compromete o resultado obtido pelo etilômetro (bafômetro), que detecta apenas o ar dos pulmões.

Vídeos circulam nas redes sociais que mostram que pode ocorrer alguma interferência. Num primeiro momento, em ambientes fechados e se o teste correr imediatamente após a inalação do odor do álcool, pode ocorrer um falso positivo. Porém, minutos após, quando refeito o teste, caso o condutor não tenha ingerido bebida alcoólica, o resultado dará negativo.

“Nossas bltize da Lei Seca acontecem em locais abertos. O condutor é convidado a passar pelo teste fora do veículo. Caso se sinta prejudicado pelo resultado, nós garantimos que ele poderá refazer o teste minutos após”, explica Fabrizzio Müller, superintendente da Transalvador

Enxaguante bucal – Resultados falso positivos podem ocorrer também em quem fez o bocejo com enxaguantes bucais à base de álcool. Esse resultado, geralmente, ocorre em quem fez o bocejo pouco antes de passar pelo teste no etilômetro. Em situações como essas, o condutor pode refazer o teste minutos após a primeira abordagem.

“Essas substâncias também não interferem no resultado porque se dissipam rapidamente, não permanecendo por um logo período de tempo no sangue”, assegura Müller.

Etilômetros – A Transalvador utiliza dois etilômetros, o Lifeloc, que faz a medição de álcool no ambiente, e o Alco-Sensor IV, que mede o nível de álcool existente nos alvéolos pulmonares. Ambos possuem certificado de verificação dado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com validade de um ano.

 “Temos de ter cuidado com essas informações nas redes sociais, muitas de fontes duvidosas, que descredibilizam ações consolidadas e cientificamente comprovadas no favorecimento de um trânsito mais seguro”, pede o superintendente da Transalvador.

Nos dois primeiros meses deste ano, 15.614 pessoas foram abordadas pelos agentes da Transalvador durante as blitze da Lei Seca. Desse total, 1.075 tiveram de ser autuados por terem dirigido após ingerir bebida alcoólica ou se recusado a passar pelo teste do befômetro. Dirigir sob efeito de álcool é uma infração gravíssima, o condutor está sujeito a 7 pontos na CNH e multa de R$ 2.934,70.

SECOM 

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