Siga as dicas para ficar longe da ressaca pós-Carnaval
O que fazer se a ressaca invadir a área junto com as cinzas do Carnaval? “Rapaz, a receita certa foi jogada fora, porque não há ninguém nesse mundo que não tenha experimentado as consequências dessa danada”, diz o bem humorado Jeferson Silva, 52 anos. “Encarar a claridade e o som de muita conversa é problema puro”, resume.
Para o desafio ficar ainda maior, lembre aí das reclamações do chefe no retorno ao trabalho. Mas é possível adotar alguns cuidados e evitar o pior, já que a vida real se aproxima em alta velocidade. “Mantenha o foco e evite dispersar com as experiências inesquecíveis após uma semana de festa”, provoca a professora Raiane Santana.
É bom já se prevenir, afinal de contas, essa terça de Momo (25) é entregue a mais de 100 atrações distribuídas nos circuitos. O mais importante é dosar bem a quantidade de álcool consumida, alerta o médico Ivan Paiva, coordenador médico de Urgências e Emergências de Salvador.
“Para não deixar a bebida provocar efeitos desagradáveis, alterne com água, água de coco, suco, isotônico, ou seja, líquidos que te protejam de ficar alcoolizado. A ressaca é uma inimiga implacável, sem dúvida”, brinca.
A alimentação deve ser à base de carboidratos e proteína. “Evite comidas pesadas e prefira alimentos que façam o organismo metabolizar melhor, com digestão mais rápida”, recomenda Ivan Paiva.
Repouso – Uma vez instalada, a tal da ressaca dá trabalho para deixar o folião em paz. Nesse caso, o repouso é o mais importante para curar a dor de cabeça e também aquela sensação que o trio continua passando o som lá no fundo da alma.
Mesmo assim, caso o mal-estar persista até o final da Quarta-feira de Cinzas, o ideal é procurar um serviço de emergência. “Vômitos e náuseas que duram mais que o suportável devem ser tratados de perto”, conclui Ivan Paiva.
Só lembranças – E as lembranças que você vai levar na cabeça e no coração desse Carnaval dos Carnavais? “Amei ver Claudia Leite voando na Barra”, responde rápido a estudante Alice Souza, 15 anos.
Já a avó, dona Branca, 65, diz que não vai esquecer da beleza e gingado dos foliões do samba e a passagem de Márcio Victor pelo Circuito Osmar (Centro), com o bloco As Muquiranas. “Um detalhe bacana das pistolinhas das Muquiranas é que a água que respinga na gente não deixa a ressaca ganhar espaço. Isso é massa, é a cara do Carnaval de Salvador.”
Na cabeça, dor nenhuma, só boas lembranças”, ressalta o motoboy Francisco Carvalho. Ele confessa refrescar a cabeça na passagem do bloco de travestidos para evitar o mal-estar. SECOM