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Vacina contra demência e Alzheimer será testada em humanos

Um novo tratamento desenvolvido para combater a demência e o Alzheimer pode começar a ser testado em humanos em breve – possivelmente nos próximos 2 anos. Trata-se de uma vacina que já foi posta à prova em experimentos com ratinhos de laboratório com resultados bastante promissores e que age sobre o sistema imunológico e o ajuda a evitar o surgimento desses problemas neurológicos.

Cura para o Alzheimer?

De acordo com Ryan Whitwam, do site Extreme Tech, tanto o declínio cognitivo como a demência e o Alzheimer são provocados pelo acúmulo de determinadas proteínas no cérebro em um processo geralmente associado ao envelhecimento. As placas formadas por essas substâncias, por sua vez, ocasionam danos aos neurônios – e como diferentes tipos delas causam problemas neurológicos distintos, os tratamentos mais comuns costumam agir sobre um tipo pontual de proteína.

No entanto, a nova vacina – desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, da Universidade de Flinders, na Austrália, e do Instituto de Medicina Molecular, também dos EUA – consiste em uma combinação de compostos capazes de agir em mais de uma proteína ao mesmo tempo e, portanto, prevenir a formação das placas responsáveis pelo surgimento de demência e do Alzheimer de uma só vez.

Segundo Ryan, a vacina consiste em uma mistura de medicamentos que agem sobre as proteínas tau e amiloides – os fármacos AV-1980R e AV-1959R, respectivamente – e uma droga chamada Advax, focada em provocar uma resposta imunológica no paciente. Mais precisamente, o coquetel faz com que o organismo produza anticorpos que identificam e se conectam às tais proteínas e o sistema imunológico se ocupa de eliminá-las antes de que ocorra o acúmulo no cérebro.

Promessa

Conforme mencionamos antes, a vacina foi testada em ratinhos e os resultados apontaram que, ademais de ajudar na prevenção do acúmulo de proteínas tau e amiloides, o medicamento reduz as placas já formadas – o que significa que ele tem potencial de evitar o surgimento da demência e do Alzheimer, bem como de reduzir os sintomas caso eles já tenham começado a se manifestar. Ademais, o coquetel se mostrou mais eficaz do que o uso dos componentes farmacológicos da vacina de forma independente para atuar sobre as proteínas.

Contudo, esses resultados, por mais promissores que pareçam, foram observados em animais – modificados geneticamente para apresentar acúmulo proteico no cérebro. Os ensaios clínicos podem receber o sinal verde para serem iniciados em humanos em cerca de 2 anos (e levar outros tantos até a vacina ser devidamente aprovada!), mas os pesquisadores responsáveis pelos estudos acreditam que o coquetel representa um importante avanço no tratamento de doenças neurológicas que, hoje, não têm cura. (Tecmundo)

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