Bahia recebe o Athletico, na arena fonte nova
O Athletico Paranaense é uma pedra no sapato histórica para o Bahia. Para além das 17 derrotas e 10 empates impostos pelo Furacão nos 35 jogos disputados entre as duas equipes, uma espécie de rivalidade se aflorou entre os dois clubes por conta do confronto nas quarta de final da última edição da Sul-Americana. O Bahia sofreu com as decisões do VAR e acabou caindo para o time curitibano nos pênaltis, ano passado, mesmo após vencer por 1×0 na Arena da Baixada. Nos jogos do Brasileiro, nenhuma vitória do tricolor: empate em 0x0 na Fonte Nova e derrota por 2×0 no Paraná.
O revanchismo não é o único motivo para essa rivalidade aflorar. Bahia e Athletico-PR são os times que melhor representam clubes fora do chamado ‘G12’ que buscam maior projeção nacional. É bem verdade que o time rubro-negro está à frente: nos últimos dois anos, venceu dois títulos de expressão. Além da Copa Sul-Americana de 2018, é o atual campeão da Copa do Brasil. Contra o tricolor hoje, às 19h, na Fonte Nova, quer mostrar que o título gigantesco não vai lhe tirar as atenções para o Brasileiro.
“A gente sabe que eles não vão jogar com aquela responsabilidade. Já foram campeões, estão com vaga na Libertadores. Então, a responsabilidade deles agora é nenhuma. A gente que tem a responsabilidade, jogando dentro de casa, e tem que dar o nosso melhor”, declarou o lateral-direito Nino Paraíba antes do treino de ontem.
Já o Bahia quer se consolidar no G6. A busca pela Copa Libertadores se tornou uma realidade para o tricolor, hoje com 37 pontos na tabela e em sexto lugar. Se vencer, pode ficar a apenas um ponto do Corinthians, time que abre o G4 – zona de classificação direta à fase de grupos da competição continental.
“Agora que entrou no G6, tem que lutar para se manter. Não adianta só chegar e deixar escapar. Tem que chegar e se manter. O difícil é se manter e a gente espera continuar com o campeonato que vem fazendo. A cada jogo dar o nosso melhor. Creio que a gente vai fazer um grande jogo”, completou Nino.
Para seguir na briga, é preciso pontuar em casa e o tricolor terá dois jogos em seguida. Além do Athletico, tem em seu horizonte um confronto direto diante do São Paulo, quarta-feira.
O estádio é uma grande força para o Bahia. Já são quase sete meses sem derrotas na Fonte. A última delas foi no dia 13 de março, contra o Sergipe, pela Copa do Nordeste. No atual Brasileiro, o tricolor até perdeu uma em casa perante o Santos (0x1), mas a partida aconteceu no estádio de Pituaçu.
Marca importante
Xodó da torcida, Gregore vai completar o seu centésimo jogo vestindo a camisa tricolor. O volante chegou ao Bahia no início do ano passado, contratado para o time sub-23, mas sequer jogou por lá. Foi rapidamente integrado ao elenco profissional pelo então técnico Guto Ferreira e nunca saiu. Não pegou nem o banco de reservas: a ascensão foi meteórica.
O Bahia é o clube pelo qual Gregore mais atuou, mas ele não é caso raro no elenco tricolor. Além dele, Douglas, Lucas Fonseca, Moisés, Artur e Gilberto vestiram a camisa do Bahia mais do que qualquer outra equipe em suas carreiras. Outro que vai entrar na lista logo mais é Flávio: ele tem os mesmos 64 jogos disputados por Bahia e Vitória, clube pelo qual foi revelado. Confirmada a sua escalação contra o Athletico, o Bahia toma a frente da lista.
O levantamento não inclui o meia-atacante Marco Antônio, pois ele saiu das categorias de base. São 26 jogos disputados pelo Esquadrão.(Correio)