Novo exame de sangue pode diagnosticar fibromialgia
Uma pesquisa liderada por Kevin Hackshaw, professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e reumatologista do Wexner Medical Center, encontrou uma nova maneira de diagnosticar a fibromialgia e diferenciá-la de outras condições relacionadas. Usando amostras de sangue e técnicas inovadoras, os cientistas detectaram uma “impressão digital molecular” exclusiva da doença e que pode ser identificada por meio de exames de sangue.
Os testes foram realizados em 50 pessoas diagnosticadas com fibromialgia e 71 com uma mistura de 3 outras condições crônicas. Sem saber qual era a situação de cada paciente, a equipe de Hackshaw usou espectroscopia vibracional em proteínas e ácidos sanguíneos para distinguir os que sofrem da enfermidade. Apesar de precisar ser replicado com amostras maiores, a ausência de um único erro de diagnóstico na amostra inicial é um ótimo sinal.
A fibromialgia é uma doença crônica que afeta de 2% a 8% da população mundial, aproximadamente 4 milhões de adultos só nos Estados Unidos. A maioria das pessoas afetadas pela doença é de mulheres, como Lady Gaga e Lena Dunham.
A dor crônica em todo o corpo, com sensibilidade nas articulações, nos músculos e tendões, é a principal característica da fibromialgia. No entanto, muitas pessoas com essa condição sofrem com outros sintomas, semelhantes aos de muitas outras doenças, o que torna o diagnóstico muito mais difícil para os médicos. Os especialistas esperam que o estudo leve a uma identificação rápida e precisa e que, eventualmente, aponte o caminho para melhores tratamentos.
A fibromialgia é frequentemente tratada como um “diagnóstico de exclusão”, quando os médicos relutantemente aceitam que o paciente tem a doença, já que descartaram todas as outras opções. A incerteza de diagnóstico impede a busca por tratamentos e deixa espaço para a crença de que a condição é psicológica, sem causa física.
(Megacurioso)