Ovo faz mal à saúde, afinal?
Cozido, mexido, frito, poche e até mesmo cru, o ovo já foi amado e odiado. Há algumas décadas ele era o considerado um dos principais inimigos do coração por seu alto nível de colesterol. Depois, ele virou queridinho da saúde e passou a ser consumido em altas quantidades, principalmente por quem quer ser “fitness” e ganhar músculos (o alimento tem poucas calorias e um alto teor proteico). Porém, essa tendência fez com que a quantidade de ovos ingeridos por dia aumentasse consideravelmente.
A tendência chamou a atenção de pesquisadores, que voltaram a analisar os possíveis riscos à saúde de um consumo exagerado do alimento. Um estudo publicado recentemente na revista científica JAMA, mostrou que ingerir mais de três ovos por dia pode ser perigoso para a saúde. O problema não é o alimento em si e sim o colesterol presente nele.
Um ovo grande contém cerca de 186 ml de colesterol dietético. A pesquisa mostrou que indivíduos que ingerem mais de 300 miligramas de colesterol por dia estão 4,4% mais propensos a sofrer de morte prematura e apresentam risco 3,2% maior de doença cardíaca. Cada meio ovo extra consumido por dia – o que totalizaria apenas três a quatro ovos a mais por semana – pode indicar um risco 1,1% maior de doença cardiovascular e probabilidade 1,9% maior de morte prematura por qualquer causa.
O colesterol dietético tem grande impacto no aumento do risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. “Os ovos, especialmente a gema, são uma fonte importante de colesterol dietético”, disse Victor Zhong, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, no estudo.(Veja)