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Estudantes do Ifba criaram projetos para auxiliar deficientes visuais

studantes do Instituto Federal da Bahia (Ifba), em Salvador, desenvolveram dois sistemas para ajudar pessoas com deficiência visual a circular pela cidade com mais autonomia. Um deles alerta os cegos, através de um aviso de voz, que o ônibus desejado se aproxima do ponto em que estão.

Para isso, um transmissor instalado no ônibus emite um sinal de rádio para o receptor, que fica no pontos de ônibus

receptor identifica o número da linha do coletivo que está vindo e o destino do ônibus e dispara os comandos para o alto-falante (acoplado ao receptor) para alertar os passageiros. As linhas, previamente cadastradas no sistema, são anunciadas a conforme a chegada de cada veículo.

Assim, os deficientes visuais não precisam se dirigir a outras pessoas para ter informações sobre os coletivos. “Eu acho que um programa, ou algo que é desenvolvido que possa trazer para as pessoas uma autonomia, uma liberdade, é muito válido”, diz a estudante Ketlen Moreira, que tem deficiência visual e utiliza o transporte público na capital baiana.

O outro projeto desenvolvido pelos alunos do Ifba, instituição que oferece cursos técnicos profissionalizantes, também tem como objetivo dar informações aos cegos por meio de voz, para que possam saber onde estão e para onde ir. O sistema, que também custou menos de R$ 300 para ser produzido, é acionado pelo peso da pessoa, quando ela se colocar sobre uma placa de piso tátil que esteja com a tecnologia acoplada.

Se o local for mapeado, a tecnologia é capaz de informar o ponto exato onde a pessoa está e inficar a direção com mensagens de voz.

A tecnologia pode complementar a sinalização em locais que já têm pisos táteis, como as estações do metrô de Salvador, por exemplo. “Você se sente com mais autonomia e mais segurança para onde você está se conduzindo”, destaca o professor João Prazeres, que é deficiente visual.

Com o projeto, os alunos ganharam seis prêmios no Brasil e uma menção honrosa nos Estados Unidos. A expectativa, agora, é que as tecnologias idealizadas cheguem ao mercado.

“O que eu espero é que alguma empresa privada, junto ao ente público, socialize isso da maneira mais abrangente possível para dar independência, que é essencial aos cegos”, disse Justino de Medeiros, professor do Ifba que coordena os estudantes envolvidos nos projetos.(G1)

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