Seis milhões de toneladas de soja são colhidas no oeste da BA
O oeste da Bahia colheu seis milhões de toneladas de soja em uma área de 1,6 milhão de hectares, entre os meses de março e abril de 2018, segundo informou a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). A colheita é considerada pelos produrores a maior safra de soja dos últimos sete anos.
A média foi de 62 sacas por hectare, informou a Aiba. “Os produtores, este ano, com certeza, fizeram o seu trabalho de casa muito bem feito. Trabalhamos perfil de solo, adubação adequadamente”, explicou o produtor Celestino Zanela sobre os motivos da colheita positiva.
Apesar dos bons resultados da soja, os produtores já comemoram a safra do milho que está sendo colhida e tem uma estimativa de produção de 1,4 milhão tonelada, com uma produtividade média de 165 sacas por hectare.
Resultado positivo também para o algodão que ainda vai ser colhido e tem uma expectativa de produção de um 1,2 milhão de tonelada, plantada em em 263 mil hectares e produtividade estimada em 310 arrobas por hectare.
Apesar da boa safra este ano, os produtores estão preocupados com o transporte dos grãos. A maior parte da soja do oeste baiano vai para o exterior. Aproximadamente 60% da produção de grãos do estado são exportados para os países asiáticos, enquanto os 40% restantes são comercializados internamente. Entretanto é o caminho percorrido até o porto de Aratu, na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador, que preocupa os produtores.
“Toda a nossa soja tem que sair via rodoviária, principalmente para o porto de Aratu. Nesse deslocamento, da soja até o porto, quando lá [no porto] dá algum problema, trava o carregamento de navios, a soja fica aqui esperando ser transportada para lá o que acarreta problemas de armazenagem.
Apesar dessa preocupação com o transporte e até dificuldade de armazenagem da cargar, a região oeste tem geração de emprego e a renda proporcionada pela produção agrícola movimenta e economia local, segundo aponta o economista Joel Ferracioli.
“Se ele [o produtor] começar a reformar um galpão, ou investir nas cidades isso tudo traz empregos diretor e indiretos”, explicou Ferracioli. (G1)