Palhinha alerta para falta de vagas em cemitérios
No Dia de Finados, com o aumento da visitação nos cemitérios, alerta o vereador Orlando Palhinha (DEM), “ficou mais que destacada a situação precária em que se encontram esses equipamentos no Município”. Ele aponta o aumento do número de mortes violentas na região metropolitana de Salvador como alarmante, em decorrência da deficiência da segurança púbica, responsabilidade do Estado. “Tudo isso vem refletindo na gestão municipal, que se encontra com restrição de vagas nos seus cemitérios públicos”, observou.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, somente nos três primeiros meses do ano passado morreram cerca de 400 pessoas vítimas de morte violenta. No ano de 2015 foram 1.500 pessoas. Em 2017, de janeiro a maio, foram registradas 589 mortes violentas. Esses números, somados ao de mortes por causa natural, aumentam significativamente a busca por vagas nos cemitérios, principalmente os públicos, no caso das mortes violentas.
Sofrimento
“Essas estatísticas da violência urbana são advindas, principalmente, dos bairros mais populosos, onde vive a maior parte da população carente. Os familiares dos mortos vão em busca de vagas nos cemitérios públicos e precisam esperar dias para conseguir sepultar seus entes queridos”, frisou Palhinha.
Pensando no sofrimento dessas famílias, o vereador apresentou, nos últimos anos, uma série de projetos de indicação, com sugestões para a ampliação da oferta de vagas nos cemitérios municipais. Somente este ano ele apresentou sete projetos na Câmara, que dizem respeito a melhorias, ampliação de vagas e outras sugestões de soluções para os problemas dos cemitérios municipais.
Para o cemitério de Periperi, por exemplo, Palhinha negociou um terreno vizinho, para que seja passada a posse para a Prefeitura, o que permitirá a construção de novas gavetas. Em Pirajá, a situação é bem semelhante e também já existe um terreno ao fundo do cemitério do bairro, de propriedade privada, com capacidade para pelo menos 10 mil novas gavetas. Sugeriu, ainda, ao Governo do Estado, a construção de um cemitério vertical, proposta que o vereador apresentou em 2009 e reapresentou em 2016.
Segundo Palhinha, sugestões e possíveis soluções para esse problema existem: “O que falta é a união de forças entre o estado e o município para reformar os atuais e construir novos cemitérios em nossa cidade, o quanto antes”.
Cemitérios Municipais – Salvador dispõe de 10 cemitérios municipais, sendo 6 deles em bairros da capital (Itapuã, Brotas, Periperi, Pirajá, Plataforma e Paripe) e 4 nas ilhas (Paramana, Ilha de Maré, Bom Jesus e Ponta de Nossa Senhora). Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Marcus Vinícius Passos, já foi assinada uma ordem de serviço para começo imediato das obras de construção de 440 gavetas nos cemitérios de Plataforma (216), Itapuã (96) e Brotas (128).