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Pelourinho pode ter primeiro Distrito de Economia Criativa do Brasil

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), está propondo a ideia de transformar alguns imóveis do Pelourinho, na área do Centro Histórico de Salvador (CHS), no primeiro Distrito de Economia Criativa do Brasil. A iniciativa tem parceria com a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação (Secti), sendo este o primeiro bairro criativo do Brasil, pois experiências similares no Rio de Janeiro e Belo Horizonte ocuparam somente um edifício em cada cidade.

A poligonal do CHS é tombada como Patrimônio Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC) e chancelada pela Unescp como Patrimônio da Humanidade. “É imprescindível a implantação de um novo modelo de gestão e readequação do extenso parque imobiliário do Instituto à realidade atual, às necessidades urbanístico-populacionais e patrimoniais dessa região do CHS, que podem produzir importante impacto na revitalização do maior conjunto arquitetônico barroco-europeu nas Américas que é o Centro Antigo da capital baiana”, afirma o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira.

A iniciativa do Ipac deve ocupar inicialmente imóveis do instituto que estão no Quarteirão das Artes, delimitado pelas Ruas Gregório de Mattos e Frei Vicente, Ladeira do Ferrão e Baixa dos Sapateiros. Nessa quadra, já existem equipamentos do órgão considerados ‘âncoras culturais’, como o Solar Ferrão, com galeria e cinco coleções de arte, e a Praça das Artes.

No início deste mês, o Ipac já transferiu também a sua Diretoria de Museus para ocupar o Solar Ferrão, de modo a dinamizar mais ainda o local. Praça das Artes, largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água também são do Instituto e estão em obras para abrir no verão 2017/2018. “Outros imóveis do Ipac que estão próximos são ocupados ainda por importantes projetos, como o Balé Folclórico da Bahia (BFB), orkestras Rumpilezz e Rumpilezzinho, Cine XIV, projeto artístico-educacional Axé e o Mandinga de Capoeira”, diz João Carlos. Livraria Mídialouca, Museu da Música Brasileira e Casa Pouso das Artes, que faz residência artística com a Funceb, também estão próximas e são do Ipac.

Distrito Criativo

O Ipac dispõe de 402 unidades imobiliárias e 181 imóveis em toda a Bahia. No CHS, o parque imobiliário do órgão representa apenas cerca de 1,5% do total existente na área tombada. O restante é propriedade de particulares, órgãos e secretarias municipais, estaduais e federais, além das irmandades e congregações da Igreja Católica, que detém grandes prédios como o Cinema Excelsior e dezenas de casas no Pelourinho. A primeira experiência no País, que vai englobar um bairro inteiro de uma capital brasileira vai ser no CHS.

As cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm experiências que tangenciam a ideia, porém somente em um edifício. Bairros criativos existem em Buenos Aires (Argentina), Medellín (Colômbia), Londres (Inglaterra) e Sidney (Austrália) e se transformaram em casos de sucesso da revitalização de áreas urbanas. De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em dados de 2015, o setor de Economia Criativa movimentou R$ 155,6 bilhões com 239 mil estabelecimentos espalhados em todo o País. Leia mais no site do instituto.

Fonte: Ascom/Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac)

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