Brasil firma parceria com EUA para testes de vacina contra zika
A produção da vacina contra o vírus da zika vai entrar na segunda etapa. Após testes bem sucedidos com animais, a vacina começará a ser testada em humanos. De acordo com o Ministério da Saúde, essa fase deve ter início em um ano, após produção dos lotes clínicos e avaliações pré-clínicas. Também é necessário que o estudo seja aprovado pelo comitê de ética do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Biomanguinhos), que produzirá a vacina.
O Ministério da Saúde, Ricardo Barros, destaca os impactos positivos da imunização contra o vírus. “A vacina será útil para controle da Zika em todo o mundo e evitará sequelas nas pessoas contaminadas. Tenho certeza de que o Brasil vai dar um grande exemplo ao mundo, mostrando como resolveu, rapidamente, a epidemia de zika”, afirmou.
Barros firmou, nesta terça-feira (26), uma parceria com o secretário de Saúde dos EUA, Thomas Price, para a produção da segunda etapa. Segundo ele, a expectativa é de que a vacina esteja disponível para a população em até dois anos, dependendo da evolução dos testes.
Proteção de gestantes e bebês
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), apresentou resultado positivo nos testes em camundongos e macacos. Nesta fase da produção, os pesquisadores conseguiram impedir que o vírus da zika causasse microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central das duas espécies.
A aplicação de uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio de seus filhotes. É um dos mais avançados estudos para a oferta de uma vacina contra a doença para proteger mulheres e crianças da microcefalia e de outras alterações neurológicas.