Produção brasileira de grãos deverá crescer 21,5% em 10 anos, estima ministério
A produção brasileira de grãos deverá aumentar em 21,5% nos próximos 10 anos, chegando a 288,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 51 milhões de toneladas em relação à atual safra (2016/2017), de 237,2 milhões de toneladas.
A estimativa está em estudo de projeção da produção agropecuária brasileira para a próxima década divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A pesquisa envolve 29 produtos, como grãos, carnes, leite, frutas, fumo, celulose, papel e outros. Segundo o estudo, milho e soja continuarão puxando a expansão dos grãos até a safra 2026/27. Em 10 anos, 60% da produção de soja serão destinados ao mercado externo.
A previsão de crescimento da área plantada de todas as lavouras é de 13,5%, saindo dos atuais 74 milhões de hectares para 84 milhões de hectares. Já área de grãos deve aumentar 17,3% neste período.
A produção de carnes bovina, suína e aves deverá crescer em 7,5 milhões de toneladas na próxima década, com acréscimo de 28% em relação à produção de carnes de 2016/2017. As carnes de frango (33,4%) e suína (28,6%) devem apresentar maior crescimento nos próximos anos, de 33,4% e 28,6%, respectivamente. A produção de carne bovina deve aumentar 20,5% entre o ano-base e o final das projeções, segundo o estudo do ministério.
Soja
Já o relatório Perspectivas Agrícolas 2017-2026, divulgado na semana passada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), indica uma expectativa de crescimento e um cenário em que o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos como o maior produtor de soja mundial em dez anos.
De acordo com o documento, a produção de soja no Brasil deve aumentar 2,6% por ano, o maior crescimento entre os principais produtores do grão, já que dispõe de mais terras, se comparado a Argentina, que tem crescimento projetado de 2,1% por ano; e os Estados Unidos, de 1% por ano. (AB)