Como acontece anualmente, antes da chegada do inverno, começam as campanhas de vacinação contra a gripe no nosso país.  Neste ano,  a campanha de vacinação — coordenada pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) — vai até dia 9 de junho.

Para entrar com tudo na batalha contra a gripe, em 2017, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina e o foco da campanha são:

  •          Pessoas com 60 anos ou mais de idade;
  •          Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;
  •          Gestantes;
  •          Puérperas — isto é, mulheres que acabaram de dar à luz (até 45 dias após o parto);
  •          Trabalhadores da área da saúde;
  •          Povos indígenas;
  •          Portadores de doenças crônicas não transmissíveis;
  •          Portadores de outras condições clínicas especiais;
  •          Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  •          População privada de liberdade;
  •          Funcionários do sistema prisional;
  •          Professores do ensino básico e superior de escolas públicas e privadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o público-alvo da campanha corresponde a 54,2 milhões de pessoas, e a meta é vacinar — pelo menos — 90% desse público. Mas, você sabe a razão de tanto empenho para vacinar a população?

A gripe

A gripe é uma doença viral que ocorre com mais frequência nos períodos mais frios do ano, isto é, do outono até o início da primavera. Também conhecida como influenza, ela é transmitida facilmente de um indivíduo a outro, por meio do contato com pessoas infectadas pelo vírus que, ao tossir, espirrar etc., acabam propagando o vírus pelo ambiente.

E já que estamos falando em vírus, não pense que existe apenas um tipo de vírus influenza. Na verdade, são três: os C, que provocam infecções respiratórias mais leves e não causam impacto na saúde pública, e os A e B, que são os que estão relacionados com as epidemias sazonais que acontecem pelo mundo.

Vale destacar que, desses dois últimos, os vírus influenza do tipo A são os responsáveis pelas grandes pandemias e estão classificados em subtipos dependendo das proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N).

Com relação aos subtipos do influenza A, os que se encontram em circulação atualmente entre humanos são os A(H1N1) e o A(H3N2), mas também existem alguns vírus de origem aviária que podem nos infectar e provocar doenças bem graves — como é o caso do A(H7N9), considerado perigoso pela Organização Mundial de Saúde.

Proteja-se

Qualquer um pode ser infectado pelo vírus da gripe, mas alguns grupos, como o dos idosos, das crianças, gestantes e das pessoas com alguma doença crônica ou condição clínica especial, têm maior risco de desenvolver complicações.

A vacinação é a intervenção mais efetiva na redução do impacto da influenza e é por isso que é tão importante que a população não deixe de receber a vacina anualmente. E você sabe a razão das campanhas serem anuais?

O vírus da gripe é danado… Ele muda e se adapta com frequência e, por esse motivo, novas vacinas precisam ser desenvolvidas e distribuídas anualmente. A vacina estimula o nosso sistema imunológico a produzir os anticorpos que ajudarão o organismo a combater uma eventual infecção, e esse processo leva em torno de duas semanas a partir do momento da vacinação.

Não deixe de se vacinar

É importante lembrar que, embora algumas pessoas desenvolvam sintomas leves parecidos com os da gripe após tomar a vacina, a mesma não provoca a doença! Esses sinais — como febre baixa e vermelhidão na área onde ela foi aplicada, por exemplo — costumam desaparecer em até dois dias, e a grande maioria dos indivíduos que recebe a dose não apresenta qualquer reação. Então, não deixe de se vacinar!