OpiniãoVera Cruz

Vera Cruz – Um canteiro de obras novas, mas e as velhas?

Mar Grande virou um grande canteiro de obras. Pra muitos é a prova de que a atual gestão tem como foco a infraestrutura, para outros muitos, a falta de transparência a respeito dos meios quais os recursos foram adquiridos e a quantidade excessiva de obras feitas ao mesmo tempo prejudicam o entendimento da população e a mobilidade urbana.
O atual prefeito já deixou claro que o rigor vai ser marca registrada da sua gestão, principalmente a respeito das obras inacabadas, iniciadas pela gestão anterior. Ao chamar de “ruínas” Marcus Vinicius apontou em rede social que a obra da Escola de Cidadania, em Mar Grande – projeto que foi um dos principais destaques do ex-gestor Antonio Magno, não será continuada.
Porém, o atual prefeito não pestanejou ao “meter a mão na massa” e iniciar a execução de diversas obras que tiveram seus recursos garantidos na antiga gestão. O recurso para praça de Mar Grande e a Orla foram conquistas da antiga gestão. Na ocasião, o ex-prefeito justificou que a demora para a execução se deu por causa da mudança de governo, devido ao impeachment sofrido pela presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com o ex-gestor, as negociações tiveram que ser feitas do inicio, pois o afastamento de Dilma implicou em mudança de ministérios, por consequência a mudança de entendimentos.
Na transição de governo, a comissão registrou a cifra de quase R$ 8 milhões em recursos já empenhados para obras em Vera Cruz, além da garantia dos Royalites de petróleo garantidos para o município.
Mas será que as obras inacabadas não são importantes para o município? Na gestão passada, ruas na Barroca e Gameleira, praça em Matarandiba, rua e Barra do Gil e tantas outras ficaram no papel, aguardando apenas o Ok do ex prefeito pra serem feitas. Vereadores reeleitos e lideranças do município fizeram indicações, porém, a deficiência na pasta de Obras da gestão anterior não permitiu que fossem iniciadas. E as que começaram, muitas ficaram inacabadas ou a desejar, como por exemplo a rua da Taipoca, que por falta de um sistema de drenagem, alaga a cada chuva forte que cai na cidade.
Se os interesses para a realização de obras e a continuidade delas são políticas ou não, pouco importa para o povo de Vera Cruz, pois agora é a hora de por em prática as promessas de eficiência em gestão e realizar o que de fato deve ser feito, sem seletividade. Pois ter recurso em caixa é pra fazer obras já programadas é bom, mas o povo quer começo, meio e principalmente fim. Pois o principio da continuidade na administração pública é teoria e, acima de tudo, prática.

Editorial:
Visão Cidade

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