Política

Preservação do meio ambiente é tema de debate em colegiado

 

A reunião da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos foi marcada por discursos sobre a preservação ambiental. O 5 de junho é o Dia Mundial reservado para debater, refletir e conscientizar as pessoas sobre o tema. Sendo assim, o presidente do colegiado, o deputado Fábio Souto (DEM), fez algumas reflexões e pedidos aos parlamentares.
“Essa é uma semana para refletirmos sobre o nosso papel para o futuro do planeta. Precisamos pensar no bem-estar dos nossos filhos e netos. Qual o mundo que queremos? E nós, como legisladores, o que temos feito para melhorar o lugar que vivemos?”, questionou o presidente.
Fábio Souto fez duras críticas ao posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a saída do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Para o presidente do colegiado, “Trump demonstra falta de sensibilidade com os pactos ambientais e que esta ação trará prejuízos enorme ao planeta”.
O democrata, mais uma vez, destacou o trabalho da Comissão de Meio Ambiente como suprapartidário. Para ele, há uma união entre os parlamentares para solucionar as questões sérias e pontuou sobre a necessidade de realizar discussões que beneficiem a população baiana. “A gente se perde em discussões que não vão para a vida prática”, salientou.
O trabalho do deputado Marcelino Galo (PT) contra os agrotóxicos nos alimentos também foi destacado por Fábio Souto. O democrata disse que é uma questão fundamental a luta do petista e disse que deve ser uma luta dos parlamentares do colegiado a implantação de um laboratório na Bahia para medir a quantidade dos agrotóxicos nos alimentos. Hoje, os alimentos baianos são enviados para fazer essa avaliação em Recife ou em São Paulo.
O vice-presidente do colegiado, o deputado Marcelino Galo, apresentou os novos estudos da Fundação S.O.S. Mata Atlântica que, apresentam os municípios de Belmonte e Santa Cruz Cabrália como os que mais desmataram a mata no último ano. O presidente Fábio Souto disse que o colegiado precisa esmiuçar essa informação e convocar os representantes dos municípios para prestar esclarecimento à comissão.
Galo criticou as ações no Congresso Nacional para desmontar a lei ambiental, que para ele é uma das mais avançadas do mundo. Hoje, são mais de 60 ações para diminuir a atuação da legislação do meio ambiente.
Sobre os agrotóxicos, Marcelino Galo falou que o Brasil é o país que mais importa, consome e contrabandeia as substâncias. “Estamos retrocedendo no debate do meio ambiente. Continuamos debatendo a escravidão, a monocultura e o agronegócio. Precisamos ampliar, discutir a agricultura familiar. Infelizmente, a elite brasileira não tem um projeto para o povo”.

PARLAVERDE

Joseildo Ramos (PT) aproveitou a discussão para tratar do ParlaVerde, projeto que visa a implantação de medidas sustentáveis na Assembleia Legislativa. Joseildo acredita que os parlamentares da comissão devem cobrar posicionamento do presidente da Casa, o deputado Ângelo Coronel (PSD), para implantar o projeto. O petista acredita que com o entrave de alguns deputados, os pesquisadores da Escola Politécnica da Ufba possam abandonar o projeto.
Na ocasião, Joseildo convidou os deputados para participar do debate que acontece hoje, às 8h30, sobre a gestão das águas na Bahia. A audiência pública é uma ação dos mandatos de Joseildo, Marcelino Galo e Fátima Nunes (PT), em parceria com o Observatório do Saneamento Básico da Bahia. Participaram da reunião os parlamentares Gika Lopes (PT), Tom Araújo (DEM) e Antonio Henrique Júnior (PP).

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