Líderes da UE apoiam avanços em negociações comerciais com México e Mercosul
Os líderes da União Europeia (UE) apoiaram nesta sexta-feira (23), durante a cúpula de dois dias que termina hoje em Bruxelas, os progressos registrados nas negociações comerciais do bloco com o México e com o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), mas também com a região da Ásia-Pacífico. A informação é da agência EFE.
Na reunião, o Conselho Europeu (CE) apoiou os avanços nas tratativas comerciais da UE e destacou que o objetivo dessas conversações é alcançar “ambiciosos e equilibrados acordos de livre comércio, com reciprocidade e benefícios mútuos”.
A UE e o México iniciaram em maio de 2016 as negociações para atualizar o seu Acordo Global, um amplo projeto de associação que inclui um tratado de livre comércio em vigor desde o ano 2000. A ideia é modernizá-lo para adaptá-lo aos desafios comerciais do século 21. E em fevereiro último, após o protecionismo adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, UE e México concordaram em acelerar suas negociações para fechar um novo acordo o mais rápido possível.
Mercosul
Por outro lado, as negociações para um acordo de associação com o Mercosul seguem enfrentando impedimentos em questões agrícolas e de acesso aos mercados, ainda que estejam avançando. Na última rodada de negociações em Buenos Aires, em março, as duas partes fundiram suas respectivas propostas em diversos textos, e o trecho dedicado à concorrência conseguiu a autorização dos negociadores.
Segundo a UE, para o Mercosul era “difícil aceitar um texto separado sobre agricultura”, como propõe o bloco europeu. As partes tampouco chegaram a abordar ofertas de acesso a mercados, uma das áreas mais complicadas de serem resolvidas para fechar o acordo.
Os agricultores europeus seguem preocupados com as importações dos produtos que chegam do Mercosul, especialmente de países como o Brasil, maior exportador mundial de carne bovina e de frango. Por outro lado, as partes chegaram a acordos sobre procedimentos de licença para a importação e exportação, eliminaram ressalvas em áreas como a definição de direitos alfandegários e fizeram progressos em bens remanufaturados. (AB)