Estudantes fazem intervenções artísticas com grafite em escola estadual de Salvador
Os estudantes da Escola Estadual de Educação Integral Severino Vieira, no bairro de Nazaré, em Salvador, mostraram que estão contagiados pelo projeto #GRAFITAÊ. Através do movimento proposto pela Secretaria da Educação do Estado, a comunidade escolar pontuou, nesta sexta-feira (2), que é possível expressar com arte o que se aprende em sala de aula nas diversas áreas do conhecimento. Além da grafitagem pelas paredes do colégio, a programação contou com um debate temático e apresentações de rap e dança, exposição sobre a cultura afro e oficinas de reciclagem. Por meio desta ação artístico-cultural, os alunos contaram as suas histórias de vida, fortalecendo a sua identidade.
A estudante Suelen Nascimento, 18 anos, 8ª série, comentou sobre a ação na sua escola. “É muito importante esta ação porque existe muito preconceito em cima da arte da grafitagem, que sempre foi protagonizada pelos negros. Precisamos mudar este estigma, mostrar que o grafite é uma expressão artístico-cultural de muito valor, que desenvolve a criatividade e a liberdade de expressão”.
A jovem Samira Soares, da equipe de mobilização do #GRAFITAÊ, passou a sua mensagem para os estudantes: “Hoje é um dia importante para dialogarmos sobre ao projeto como uma valorização da produção de arte da comunidade escolar da rede estadual. A escola é um espaço para fortalecermos a nossa cultura e expressões artísticas, a exemplo do Rap, que dá visibilidade à nossa ancestralidade negra como forma de combater o racismo ainda tão presente entre nós”. A diretora da unidade, Ana Paula Neves, ressaltou que o grafite no Severino Vieira já é uma tradição. “Mas o projeto #GRAFITAÊ reforçou a proposta de cuidar do nosso espaço com arte, aproximando ainda mais os estudantes da escola”.
Abrangendo 270 unidades escolares neste ano, a proposta do projeto é colorir as paredes das escolas, utilizando a linguagem da arte urbana, grafite e suas diferentes dimensões, com a valorização de temas de cotidiano do estudante da rede estadual de educação, como racismo, gênero, sexualidade, empreendedorismo, tecnologias, redes sociais e empoderamento juvenil. (Secom)