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Sem acordo, rodoviários ameaçam parar

Rodoviários de Salvador aprovaram, em assembleia na manhã desta quinta-feira, 11, estado de greve da categoria. A previsão é que, se não houver negociação com os empresários, eles suspendam as atividades. Agora, é necessário cumprir o prazo de 72 horas antes da paralisação. À tarde, uma segunda reunião dos trabalhadores confirmou em votação a decisão tomada pela manhã.

Na assembleia, foi decidido, também, que o sindicato vai pedir à Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) que faça a intermediação com a Integra, entidade que representa os patrões (o antigo Setps).

Após a assembleia da tarde, cerca de mil rodoviários, segundo estimativa do próprio sindicato, caminharam em passeata da ladeira dos Aflitos até a prefeitura, na praça Municipal.

Segundo o presidente do sindicato dos rodoviários, Hélio Ferreira, a decisão é decorrente da campanha salarial 2017/2018, iniciada em 28 de março, quando foi entregue aos empresários uma pauta com as reivindicações da categoria.

Ferreira contou que, após cinco rodadas de encontros, a negociação está “travada”. Eles pedem aumento pela inflação e mais 5% de ganho real, tíquete refeição de R$ 20 por dia, plano de saúde pago pelos empresários – hoje os trabalhadores pagam 30% –, além do fim da dupla função de motoristas, quando dirigem e cobram a passagem.

“Queremos, ainda, a manutenção dos postos de cobradores que os patrões querem tirar. Eles também não querem pagar hora extra e pretendem fazer um banco de horas. Isso a gente não aceita”, afirmou.

Ainda segundo Ferreira, os empresários não aceitaram a pauta e não querem dar aumento. “A gente espera que a Semob chame os empresários para fazer uma contraproposta e destrave essa negociação”.

O assessor de relações sindicais da Integra, Jorge Castro, disse que as alegações de Ferreira “são verdadeiras”, e que “é difícil” conceder reajuste. “Quem pede o céu eu não vou nem responder”, disse.

(A TARDE)

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