Acordão para substituir Temer pode atingir a Lava Jato
rata-se quase às claras a substituição do presidente Michel Temer. Salvo auxiliares dele, enrolados na Lava Jato, não há uma viva alma em Brasília que acredite na permanência de Temer no cargo.
Um dos ingredientes do acordão que se persegue é o que se fazer com a Lava Jato. Ou melhor: como enquadrar, pôr um freio em procuradores e juízes ligados à maior operação de combate à corrupção da história do país.
Não, os políticos e seus aliados não desistiram da ideia de desidratar a Lava Jato. É o destino deles que está em perigo, a liberdade e a chance de continuarem a enriquecer. E isso é o que basta.
Das bandas da Justiça, contam com a possibilidade real de que o Supremo Tribunal Federal (STF) venha a rever seu entendimento de que pena de prisão comece a ser cumprida se confirmada em segunda instância.
Por seis votos contra cinco, assim havia decidido o STF, inclusive com o voto favorável do ministro Gilmar Mendes. Agora, Gilmar admite mudar de lado. Se isso ocorrer, mais um ministro ou dois poderão mudar também.
É isso o que mais desejam aqueles às voltas com a Lava Jato. O melhor dos mundos para eles seria o STF decretar que o cumprimento imediato da pena passaria a depender da terceira instância da Justiça.
Ou seja: da palavra do Superior Tribunal de Justiça (STF). Ali, eles costumam se sentir mais protegidos. Os ministros do STJ são mais sensíveis às suas pretensões, mais cordatos, mais generosos.
Lula torce pelo sucesso de Gilmar. Só assim ele teria a certeza de que poderá concorrer à eleição presidencial de 2018, seu objetivo número um, e o da esquerda que sonha em voltar ao poder.(Blog do Noblat)