Projeto Ori promove curso de gestão cultural no interior; inscrições continuam abertas
Depois de lançado com sucesso em Salvador, o curso gratuito de Gestão Cultural, do Projeto Ori, desenvolvido pelo Instituto Iris, chega agora a Feira de Santana e Ilhéus (8/05) e Santo Amaro e Vitória da Conquista (29/05). O público-alvo do projeto é composto por jovens negros e pardos de 19 a 30 anos, que tenham ideias de como impactar positivamente as suas comunidades. As inscrições continuam abertas e podem ser realizadas através do site www.institutoiris.org.br. O número de vagas é limitado a 50 alunos. A iniciativa é apoiada pelo Fundo de Cultura da Bahia (secretarias da Cultura e da Fazenda), através do Setorial de Formação e Qualificação em Cultura 2016.
Em Feira de Santana, o curso será realizado na Escola Polivalente e tem aula inaugural no próximo dia 3 de maio, com a presença do criador e coordenador, professor Hélio Santos. No dia seguinte (4), será realizada a abertura em Ilhéus, no Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). “O objetivo é capacitar jovens para lidar com a riqueza e diversidade do patrimônio baiano, tendo como perspectiva a mobilidade social voltada para suas comunidades de origem”, conta a coordenadora Joana Fialho. Ela explica que o curso tem duração de seis meses e possibilitará aos jovens ensinamentos nas áreas de conhecimento História da África, Políticas Públicas para afrodescendentes, gestão da cultura, legislação do terceiro setor, projetos de empreendedorismo, economia criativa, entre outros.
O superintendente de Promoção Cultural da Secretaria da Cultura da Bahia, Alexandre Simões, participou do lançamento do curso em Salvador, no último dia 31 de março, na Faculdade de Administração da UFBVA, e avaliou a importância da iniciativa na formação de empreendedores culturais. “O curso atende aos ideais do setorial de Formação e Qualificação em Cultura, preparando jovens multiplicadores para questões sensíveis da cidadania, como as que envolvem gênero e raça. Certamente, esses jovens vão ampliar o debate e serão multiplicadores em suas comunidades de origem”.
A pretensão, segundo Joana Fialho, é formar uma nova rede de jovens afro-descendentes habilitados a potencializar a economia da cultura, reunindo conhecimento sobre aspectos históricos, econômicos e políticos do mercado cultural da Bahia. “Vamos contar com workshops, palestras e visitas técnicas que envolvam relações raciais e de gênero, visando valorizar e fortalecer a cultura afro-brasileira e a equidade de gênero”. O curso é reconhecido como de extensão e contará com carga horária de 30 horas, sendo dividido em 13 módulos. “O foco é capacitar jovens afrodescendentes para que se tornem multiplicadores. Ao final, todos terão que apresentar e defender um projeto para ter acesso ao certificado”.
Fonte: Ascom/Secult