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Conexões familiares: saiba como interagir com sua família nas redes sociais sem passar dos limites

É cada vez mais difícil fugir delas. As redes sociais ganharam espaço na vida das pessoas e acabaram dominando também as relações familiares. Mas será que você está agindo da maneira correta? Já adiantamos, se você é daqueles que ama publicar qualquer coisa ou faz a linha mãe coruja, cuidado! Você talvez esteja mergulhando de cabeça demais nessa onda.

O primeiro conselho de todos é ter cuidado com o que publica. Segundo a psicóloga especializada na área de desenvolvimento de RH, Adriana Oliveira, é preciso que você crie a consciência de que, a partir do momento que algo foi publicado, o conteúdo já não é mais seu e torna-se público. Assim, ele acaba ganhando dimensões que você não é capaz de imaginar e pode causar grandes problemas. Por isso, a sugestão é aprender a dosar o que você compartilha na internet.

Relação com os filhos

Talvez uma das maiores dificuldades dos pais seja conseguir estabelecer uma boa relação com os filhos. Assim, muitos deles acabam assumindo uma postura de amigões, principalmente nas redes sociais. No entanto, para a psicóloga e psicanalista especializada em relacionamentos afetivos e autora do livro Escolhas E Relações Amorosas, Tere Yadid Sztokbant, esta não é a melhor atitude. “Filhos precisam de pais e mães responsáveis e que orientam”, comenta.
“O ideal é se relacionar de maneira a não se expor e expor o outro”, por isso, tome cuidado com as publicações marcando seu filho. Evite aquelas que possam ser consideradas “micos” por eles. Segundo a especialista, os filhos também precisam se impor com relação ao que não gostam, “sem que isso provoque culpa neles”. A especialista destaca que os filhos não precisam atender às expectativas dos pais e precisam ficar tranquilos quanto a isso.
Mesmo quando se trata de crianças mais novas, o diálogo é melhor ferramenta para saber se você está passando dos limites no que diz respeito ao que publica sobre o seu filho. Pergunte se ele se sente invadido com relação ao que você publica na internet e sempre questione se ele se sente confortável que você publique uma foto, vídeo ou até mesmo o cite em algo.
Vale lembrar que, além de uma questão de incomodar seu filho, a grande exposição na internet pode também deixá-lo em perigo. A psicóloga Adriana Oliveira alerta que postar fotos da criança com o uniforme da escola ou expondo demais o seu corpo, pode também fazer com que ele esteja seja alvo de pedofilia e até mesmo com relação a sequestros, por exemplo. No caso da imagem conter outras crianças, é preciso ainda mais cuidado. Não poste antes de ter a autorização dos outros pais.

Já quando o assunto é controlar as publicações do que o filho posta, a psicóloga é categórica: o ideal é fugir disso. “É muito importante que o adolescente seja de fato respeitado em sua privacidade”, explica. Ela ressalta ainda que o adolescente, principalmente, costuma buscar uma maneira de impor a sua identidade própria fazendo o “jogo do contrário”, por isso, sempre que você tentar controlá-lo é muito possível que ele insista em sua postura que não foi aprovada.
Logo, o ideal é aconselhar sobre o que você não acha correto e confiar que ele seguirá o seu conselho. Caso você acredite que vá funcionar melhor, a psicóloga Adriana Oliveira sugere que você peça a alguém que o adolescente admira que o instrua sobre o que pode ou não ser publicado nas redes.

Fuja das brigas

Quando o assunto é grupo de Whatsapp, o ideal é fugir do conflito. “Uma das coisas mais difíceis da vida é como conviver com as diferenças”, explica Tere Yadid Sztokbant. Por isso é tão complicado estabelecer uma conversa harmoniosa com pessoas de gerações tão diversas. A sugestão, então, é evitar as conversas de temas mais polêmicos.
“Nessas discussões existe muito menos uma intenção de troca e diálogo, de tentar somar. É muito mais uma questão de convencimento, de ser dono da verdade”, explica. Assim, o conflito se torna muito mais uma briga entre os certos e errados. Sendo assim, o ideal é que se manter calado quando uma discussão assim começa a ser travada.

Para quem gostaria de dar fim à essa situação, a psicóloga garante que a posição de mediador pode dar certo e ajudar a estabelecer algumas regras aos temas proibidos no grupo.(R7)

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