HEC alerta população para os cuidados com a febre amarela
Na última semana, o Ministério da Saúde informou que foram confirmados 292 casos de febre amarela desde o início do surto no Brasil e 97 mortes devido à doença. O estado mais infectado é Minas Gerais, mas a Bahia, o Espírito Santo, São Paulo, Tocantins e o Rio Grande do Norte também possuem, segundo a pasta, registros da febre amarela em investigação.
No Hospital Estadual da Criança (HEC) / Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI) não foram registrados casos até o momento, mas, mesmo assim, a unidade hospitalar alerta a população sobre a os cuidados e a necessidade do combate à doença.
De acordo com Vanessa Fonseca, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (SCIH/NHE), a febre amarela tem grande importância epidemiológica devido a sua gravidade clínica e seu elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo aedes aegypti.
“Ela é uma doença de notificação compulsória e a única forma de evitá- la é através da vacinação. A vacina deve ser tomada em duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é que sejam tomadas uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois”, explica Vanessa Fonseca.
A coordenadora acrescenta: “As vacinas podem ser obtidas em unidades básicas de saúde. Caso as crianças e seus pais não estejam com o cartão de vacinação atualizado, orientamos que procure o quanto antes uma unidade, já que uma grande quantidade de casos da febre amarela está sendo registrada em todo o país”, alerta.
Combate – De acordo com Vanessa Fonseca, outra forma de também se prevenir contra a doença, além da vacinação, é adotar os cuidados básicos de combate ao mosquito aedes aegypti. “São aquelas medidas simples, a exemplo de não acumular água em garrafas, pneus e vasos de plantas; fechar a caixa d’água e mantê-la limpa; cobrir e/ou tratar piscinas, não deixando a água parada; não descartar lixo em terrenos baldios”, relembra.
Sobre a febre amarela – É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. O silvestre é transmitido através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, por exemplo, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, bem como fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia, e pode chegar à morte. “Vale ressaltar que, depois de identificar alguns desses sintomas, a pessoa precisa procurar a unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Além disso, deve informar se tomou a vacina contra a febre amarela, inclusive a data das doses”, finaliza Vanessa Fonseca.