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Entidades policiais condenam reforma da previdência

Durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, que discutiu os impactos da reforma da previdência sobre os trabalhadores da segurança, entidades que representam policiais militares na Bahia, federais, rodoviários federais e ferroviários federais condenaram a matéria que tramita na Câmara Federal sob o título de PEC 287. O deputado Marcelino Galo (PT), que propôs e presidiu o debate nesta terça-feira (21), afirmou que a Reforma da Previdência não leva em conta o desgaste e à complexidade do trabalho que o policial exerce. “Essa escandalosa reforma da previdência, que penaliza todos os trabalhadores, não considera às condições de saúde do policial, o elevado nível de sofrimento psíquico e mental, diante da natureza especial do trabalho. O que confirma, por outro lado, que esse governo usurpador não conhece as especificidades do trabalho no campo e na cidade, nem as realidades presentes no Brasil”, afirmou o parlamentar.
O presidente do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal da Bahia, Fábio Serravalle Franco, avalia que a reforma se apresenta de forma “agravosa” para os policiais cuja expectativa de vida é de apenas 56 anos. “Os policiais estão mobilizados contra essa medida que impactará toda classe trabalhadora, mas especialmente a nossa categoria cuja expectativa de vida é de apenas 56 anos. Então se essa proposta for aprovada com a idade mínima de 65 anos a gente não irá se aposentar”, considerou. “Todas as análises coletadas até agora mostram que essa proposta de reforma da previdência é extremamente malévola, perversa, não só para os policiais como para a sociedade, porque teremos uma polícia envelhecida, uma polícia incompetente que não vai ter motivação no exercício da sua atividade”, observou José Mário Lima, presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia, ao considerar que, caso a medida seja aprovada pelo Congresso Nacional, por consequência haverá “um êxodo, uma saída em massa de muitos profissionais da área da segurança pública”.
Para o major Elsimar Alcântara, que preside a Associação dos Oficiais Militares Estaduais da Bahia, a Força Invicta, a PEC 287 representa o fim da Previdência Social no Brasil. “Por isso nós repudiamos essa proposta e defendemos uma auditória na Previdência, tendo em vista que os trabalhadores não podem ser penalizados por uma mudança tão drástica como a que estão propondo”, enfatizou o militar. A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ana Georgina, enfatizou que a proposta de Reforma da Previdência não considera a peculiaridade da atividade desenvolvida pelos profissionais da segurança pública.  “Além de ser um trabalho que tem o risco inerente, existe também um grande sofrimento mental e psíquico na medida em que os trabalhadores da segurança pública ficam muito mais tempo submetidos a situações de violência e de estresse. Então a reforma da previdência preocupa porque ela pode causar impactos nesses trabalhadores, em suas famílias e por consequência em toda sociedade”, pontuou. Também participaram da audiência pública representantes da Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar, da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares,  a Capitã Edlania, Comandante da Maria Felipa, representando as mulheres na corporação Militar.()Ascom)

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