Política

Coronel exorta forças políticas baianas a pressionar União em favor da Salvador-Itaparica

 

Investimento de R$ 7,5 bilhões, a ponte deixará R$ 600 mil/mês nos cofres do Estado em cobrança de pedágio e impostosO início da construção da Ponte Salvador-Itaparica está a uma assinatura do presidente Michel Temer. A informação foi passada pelo vice-governador e secretário do Planejamento do Estado, João Leão (PP), na manhã desta quarta-feira 22, no Plenarinho da Assembleia Legislativa da Bahia.A exposição foi feita na reunião conjunta de duas comissões da Casa: Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, presidida pelo deputado Hildécio Meireles (PMDB) e a Especial Ferrovia da Integração Oeste Leste e do Porto Sul, presidida pela deputada Ivana Bastos (PSD).Para o presidente do Legislativo baiano, deputado Angelo Coronel (PSD), o projeto é de extrema importância para o desenvolvimento econômico da Bahia, impactando positivamente em diversos outros aspectos no futuro próximo, inclusive na geração de emprego e renda e na melhoria da qualidade de vida dos baianos.“Entendo que as forças políticas devem unir-se numa comissão suprapartidária, composta por todas as representações do Estado, para pressionar a União a liberar os recursos necessários”, exortou Coronel, ante maciça presença de parlamentares da base de apoio do governo, com muitas perguntas.O projeto representa um investimento da ordem de R$ 7,5 bilhões. Segundo João Leão, o Estado captará com a ponte R$ 600 mil/mês e a União algo em torno de R$ 1,2 bilhão no mesmo período. “A ponte vai produzir desenvolvimento, gerar 10 mil empregos diretos e encurtar distâncias”, explicou, citando o trajeto Salvador/Ilhéus que será diminuído em 157 quilômetros.O vice-governador apresentou números ainda mais vultosos com a ponte em funcionamento. Durante o período de 30 anos de concessão, o sistema viário vai gerar expressivos R$ 57 bilhões em arrecadação, sendo metade oriunda da cobrança de pedágio e a outra parte vinda de impostos como ICMS, Cofins e outros.A receita advinda da ponte vai beneficiar as três instâncias de poder do Executivo, segundo estimativa de Leão. A União ficará com R$ 25 bilhões, o Estado com R$ 20 bilhões e os outros R$ 12 bilhões para prefeituras, também ao longo dos 30 anos de sua exploração.Os chineses, que seriam os parceiros do projeto estruturante, investiriam 75% do total dos R$ 7,5 bilhões previstos para a construção. O dinheiro asiático virá do Fundo Chinês para Investimento na América Latina (Clai-Fund) e da China Railway Engineering Group n.10 (Crec), uma das maiores construtoras chinesas. O mesmo grupo deverá alocar ainda mais R$ 2,8 bilhões na Ferrovia Oeste Leste, e outros R$ 2,8 bilhões para a conclusão do Porto Sul. Este, segundo o vice-governador, com 72% das obras concluídas.O Clai-Fund é uma organização que investe em empresas no regime de cooperação entre a China e a América e pretende cooptar para o projeto na Bahia siderúrgicas do continente asiático.O Complexo Porto Sul, quando operando com sua capacidade plena, terá capacidade para movimentar 55 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, além de grãos e fertilizantes.(ALBA)

 

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