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Brasil 3 Paraguai 0 no Itaquerão

Brasil 3 Paraguai 0 no ItaquerãoCaso não fosse a equipe de Tite a representar o Brasil na noite desta terça-feira, 28, certamente todas as previsões para o duelo com o Paraguai, mesmo em território nacional, seriam de jogo duro.Justo. Desde o ano 2000, foram 13 confrontos, com quatro vitórias para cada lado e cinco empates. Mas esqueçam isso. A Seleção do “olê, olê, olê, olê, Titê, Titê!” lembra mais aquela de antigamente, que tinha o Paraguai como mais um de seus inúmeros fregueses – no Século XX, em 64 duelos, o Brasil venceu 42, perdeu seis e houve 16 igualdades.Nesta terça, em mais uma atuação brilhante pelas Eliminatórias, aplicou 3 a 0 no Itaquerão e ficou a um triunfo da classificação formal – na prática, já está na Copa de 2018 e entra como favorito.A vitória desta terça demorou a ser construída. A marcação por pressão, a posse de bola, a intensidade… tudo que caracteriza a transformação que Tite impôs à equipe estava lá, mas superar a forte marcação paraguaia era difícil.Tanto que a primeira chance de gol foi dos pupilos de Chiqui Arce. Após saída de bola errada de Miranda, Derlis González arrancou sem ninguém à frente, mas errou o chute.O Brasil, que penava com as faltas sobre Neymar (sofreu cinco de um total de oito nos 25 minutos iniciais) e só assustava nas bolas paradas, quebrou a retranca paraguaia com um golaço que saiu de sua primeira grande jogada: de Philippe Coutinho para Paulinho, que devolveu de calcanhar para o belo e certeiro chute do meia nas proximidades da área.O lance ocorreu aos 34 minutos do primeiro tempo, e abriu espaço para o baile na etapa complementar. Ele começou com duas chances perdidas, por Paulinho e Neymar. E continuou com a jogada individual do craque, que entrou na área driblando e sofreu pênalti. Na cobrança, porém, o próprio Neymar parou no goleiro.Mas ele iria se redimir aos 18 minutos em lance alienígena. Arrancou da intermediária defensiva, driblou dois, bailou na frente de mais um par de marcadores e bateu. A bola provavelmente não entraria, mas o desvio no zagueiro fez jus ao lance e a reposicionou no caminho da rede.Ainda houve tempo para mais um gol – de Marcelo, aos 40 minutos, após outro toque de calcanhar do incrível Paulinho – e um desfile de habilidade de Neymar, Marcelo, Firmino, Coutinho… eles também merecem se divertir.Dois lados do públicoEnquanto lotou o Itaquerão e proporcionou a terceira maior renda da história do futebol brasileiro – R$ 12.323.925 contra R$ 14.176.146 de Atlético-MG x Olimpia e R$ 12.726.250 de Brasil x Argentina, sempre no Mineirão – a torcida verde e amarela tornou a dar vexame no quesito homofobia.Insistiu no grito de “bicha!” a cada tiro de meta cobrado pelo goleiro rival, algo que já rendeu multa de cerca de R$ 70 mil imposta pela Fifa à CBF.

(A Trade)

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