GeralItaparicaNotíciasSem categoriaVera Cruz

Humanizar as relaçoes para construir um mundo melhor

Em sua bela interpretação da canção What A Wonderful World, gravada em 1967, o “monstro” do Blues e Jazz o Norte Ameicano Louis Armstrong descrevia um mundo maravilhoso. Mundo este onde as arvores, as rosas e as flores de um modo geral eram belas. Ele descrevia ainda a beleza do céu e suas nuvens, quer fosse dia ou noite. O fantástico colorido do arco-íres e o principal, as pessoas! Segundo a descrição do poema cantado em sua voz de timbre grave e rouca, elas (as pessoas) se abraçavam, apertavam as mãos e diziam: eu te amo!
Nos dias atuais têm sido cada vez mais difícil ver pessoas reunidas em rodas de amigos, bons e sinceros bate papos, risos largos e desinteressados e principalmente atitudes de amor entre os humanos.
A violência cresce gratuitamente, mata-se por tudo e por absolutamente nada. As drogas antigas e as modernas estão destruindo a vida de pessoas cada vez mais cedo. As clinicas de apoio terapêuticos andam abarrotadas de pessoas deprimidas, solitárias e inseguras diante de tantos acontecimentos brutais e cruéis, muitas vezes provocados pelos humanos. Quando vejo o escrito do apostolo São Paulo, em sua Segunda carta pastoral aos Timóteo no capitulo 3 fico com impressão de que ele a escreveu esta noite.
O trabalho em excesso, a agenda cheia, a correria do dia a dia, o consumismo, a moda atual do ter que ter e ate o advento das redes sociais, (que devia ser uma ferramenta de aproximação entre os distantes) tem levado muitos a viverem como ilhas, isolados num mundo mecânico e obstinado por um resultado que em tese os fará mais felizes. Muitos até conseguem alcançar algumas das conquistas almejadas, mas, ainda assim não vivem uma vida de satisfação e não preenchem o vazio de suas almas. Na contra mão destes, tenho observado outros, que muitas vezes possuem bem menos e conseguem apreciar o sabor intenso de uma laranja, o açúcar saudável de um caldo de cana, o massagear que a areia da praia faz nos pés, o riso sincero de uma criança, a sabedoria de um idoso, a beleza de uma flor e o calor de uma longo abraço perfumado.
Não é intento meu estimular o comodismo nem pregar a estagnação dos seres. Apenas, quero nesta manha chuvosa de domingo que possamos refletir na brevidade da vida, só pertencem a nós 3 segundos de um tempo que chamamos de presente. E ele passa muito rápido e não podemos voltar.
Penso que se buscarmos o amor de Deus, se compreendermos que não fomos feitos para viver como ilhas, quando exercitarmos a paciência ao invés da intolerância, valorizarmos as virtudes do outro mais que suas fragilidades, quando formos capazes de respeitar as diferenças e praticarmos a empatia, teremos um mundo mais humano e compreenderemos que gente e a formidável maquina que move a vida. Daí, teremos dado uma excepcional contribuição para que se realize o desejo do poeta Louis Armstrong de ter um Maravilhoso Mundo
Por Alisson Gonçalves

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *