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Aliados de Neto acirram disputa na Câmara

A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Salvador segue cada vez mais acirrada e aponta para o crescimento da candidatura do vereador Léo Prates (DEM), que já conta com 13 votos de colegas governistas. Entre eles estão Joceval Rodrigues (PPS) e Geraldo Júnior (SD), que chegaram a se lançar como candidatos, mas acabaram declinando.
Até o momento, seguem no páreo Tiago Correia, Isnard Araújo (PHS), Téo Senna (PHS), que disputam com o atual presidente, Paulo Câmara (PSDB). “Sou candidato ainda, inclusive estou lançando uma carta aberta essa semana. [A disputa] virou uma briga entre Prates e Câmara. Espero que o consenso seja o equilíbrio e seja o meu nome, a minha candidatura”, declarou Senna à Tribuna.
Segundo foi noticiado no mês passado, cinco vereadores pertencentes à base governista lançaram um movimento intitulado Câmara Democrática com o intuito de questionar a candidatura de Paulo Câmara. Diante desse cenário, comenta-se a possibilidade de haver uma fissura no grupo, já que Tiago Correia (PSDB) e Isnard Araújo (PHS) podem vir a se unir. “Esse grupo está se desfazendo, por isso mantive a minha candidatura fora dele. Quero um consenso interno para a melhora da Câmara, estamos conversando com todo mundo, inclusive com a oposição. Sei que não tenho as mesmas condições que alguns outros, passei quatro anos fora, mas ainda tenho que deixar o meu nome”, continuou Téo Senna.
Além disso, comenta-se que o PMDB deve fechar com Paulo Câmara (PSDB), tornando o clima ainda mais tenso. Na avaliação de Téo Senna, o atrito pode ser um risco para a base aliada do prefeito ACM Neto (DEM), podendo até comprometer as intenções políticas do democrata em 2018. “Comigo essa situação não ocorre.
A base é forte, fez 31 vereadores, não se deixaria fragmentar. Por isso deve haver um consenso, é ruim fazer essa disputa porque pode fragilizar a base em um momento difícil, visando 2018. Eu politicamente não deixaria esse atrito acontecer. A base não pode disputar entre si, se fizer essa composição e esse consenso, a tendência é melhorar”, defendeu. Apesar da divisão que a cada dia ganha mais contorno, o líder do governo na Casa, Joceval Rodrigues (PPS), acredita que a bancada governista não terá mais de uma candidatura.  
“O ideal é que não haja bate chapa”
Para o presidente municipal do Democratas, Heraldo Rocha, o ideal é que a bancada do governo na Câmara Municipal entre em consenso e lance um candidato único à presidência da Casa. Ele comentou o caso da própria sigla, que definiu o nome do vereador Léo Prates (DEM) apesar de outros correligionários terem sido cotados para a disputa. “Participei de duas reuniões da bancada, quando apresentaram algumas candidaturas, como a de Orlando Palhinha.
A definição foi a de ter a unidade. Na segunda reunião, ocorreu que Palhinha retirou a candidatura dele em nome de Léo Prates. E tenho acompanhado, acho importante que o partido tenha um candidato, mas prego que é um assunto interno da Casa. O ideal é que haja um consenso de um candidato da bancada, não haja ‘bate chapa’”, disse o democrata.
Segundo Rocha, o prefeito ACM Neto (DEM) mantém-se atento ao desenrolar do processo, e que também anseia pelo consenso entre os aliados. “Claro que nesse momento as pessoas ficam querendo ver atritos, mas o nosso grupo é muito sólido. Tenho certeza que vai haver uma condução com bastante habilidade, clareza e transparência. E espero que a bancada tenha o bom senso para que possamos chegar a um denominador comum. E ganha o que tiver mais votos, o melhor”, completou. Até o momento, a oposição ainda não decidiu se terá um candidato próprio. Os nomes mais cotados eram os de Aladilce Sousa (PCdoB) e Silvio Humberto (PSB).(Tribuna)

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