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PT e PMDB se unem em disputa na Bahia

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Apesar de terem cortado relações na esfera nacional, o PT e o PMDB continuam construindo alianças em vários municípios brasileiros nessas eleições. Um levantamento feito pelo jornal O Globo a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica que o PT compõe cerca de 30% das coligações encabeçadas por candidatos do PMDB. Em números absolutos (648), é a maior participação de um partido no apoio a um candidato que lidera uma chapa.
Embora a situação mude um pouco na Bahia, o ‘vale-tudo’ por uma prefeitura é seguido à risca em quase todos os municípios. Das suas 108 candidaturas a prefeito, o PT coligou com o PMDB em pelo menos 12 municípios, cerca de oito a menos que na última campanha, em 2012. Por sua vez, quatro postulantes do partido de Geddel Vieira Lima e do presidente Michel Temer são apoiados por petistas. O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, confirmou que houve um decréscimo no número de alianças, e que, nas cidades onde a união ocorreu, ambos os partidos priorizaram uma colaboração história em detrimento de objetivos políticos e norteamentos ideológicos.
A configuração das duas legendas que estiveram no comando do país até os primeiros meses de 2016 em certa medida refletem, no interior do Estado, a relação distante que há anos desenvolvem na capital baiana e na administração estadual. Em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) concorre à reeleição tendo Bruno Reis (PMDB) como candidato a vice. E os próprios peemedebistas compõem a bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia. Inclusive, o presidente estadual do partido, Geddel Vieira Lima, não perde a oportunidade de apontar as supostas deficiências do governador Rui Costa.
Em relação aos partidos que integram a base do governador Rui Costa, o PT coligou em 49 municípios com o PSD, em 37 com o PCdoB e em 35 com o PP, legenda presidida no Estado pelo vice-governador João Leão. Já o PCdoB tem 19 postulantes apoiados por petistas – caso de Salvador, onde Alice Portugal (PCdoB) disputa a prefeitura com a deputada estadual Maria del Carmen (PT) na vice.
“O consenso é que houvesse uma distribuição entre os partidos da base aliada do governador”, disse Anunciação. Ainda assim, é possível encontrar, em alguns poucos municípios, candidatos petistas caminhando de mãos dadas com democratas e outras legendas às quais normalmente se opõem. Em Antas, por exemplo, Roberta de Agnaldo (PT) encabeça uma chapa composta pelo DEM e pelo PMDB.
DEM e PSDB reafirmam união histórica no estado 
Nas eleições municipais de 2016, o Democratas e o PSDB reafirmam a colaboração histórica em grande parte dos municípios baianos. Das 76 candidaturas a prefeito lançadas pelo DEM, presidido no Estado pelo deputado federal José Carlos Aleluia, 36 recebem apoio do PSDB. Por outro lado, 17 das 63 candidaturas da legenda do deputado federal João Gualberto uniram forças com os democratas.
De acordo com o vice-presidente responsável pelas Direções Municipais do DEM, Heraldo Rocha, uma resolução da sigla orientou o “convênio de coligação” com partidos de oposição ao governo. “Também foi solicitado não coligar com partidos que apoiam o governo. Mas cada caso é um caso.
Nos casos em que o DEM não teve candidato, a orientação era fazer coligação com os seus aliados. Estou vindo do interior e estou impressionado com a aceitação dos nossos candidatos”, declarou. Ainda segundo o democrata, ambos os partidos tradicionalmente possuem um “trabalho muito comum”. “Já é uma tradição, a lei natural das coisas. É um objetivo, temos o trabalho de ganhar as eleições e derrotar o PT”, completou. (TB)

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