Europa vigia WhatsApp após coleta de dados ao Facebook; Brasil segue neutro
O WhatsApp está envolto em mais uma grande polêmica, e dessa vez não é nenhum bloqueio do serviço aqui no Brasil, mas sim após mudar seus termos de privacidade para passar a coletar dados do usuário ao Facebook. Ao redor do mundo inteiro a medida está sendo reagida com protestos. Nos Estados Unidos há uma comissão investigando o caso e agora chegou a vez da Europa anunciar, na última segunda-feira (29), que também está vigiando os próximos passos do mensageiro.
Cada autoridade europeia vai acompanhar as mudanças na política de privacidade do WhatsApp com grande vigilância. O que está em jogo é o controle de usuários sobre seus próprios dados quando eles forem combinados por grandes atores da internet”, alertou o CNIL (Comissão Nacional de Informática e Liberdade), da França.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o Electronic Privacy Information Center, entidade de defesa de liberdades civis, a medida que o mensageiro pretende tomar fere o compromisso acertado em sua compra pelo Facebook em 2014. A mesma, aliás, chegou a pedir à FTC, que corresponde ao Cade aqui no Brasil, que investigasse a compra bilionária do aplicativo pela rede social de Mark Zuckerberg.
Sobre o assunto, na época, o órgão regulador autorizou a transação, ressaltando que ambas as empresas deveriam manter seus compromissos com a privacidade do usuário, trato esse do qual o WhatsApp sempre alega quando a justiça brasileira solicita a liberação de conversas para investigações criminais no país e tem seu pedido negado. Contudo, a EPIC alega que o mensageiro agora fere exatamente esse compromisso que até então defendia.
E o Brasil nessa história?
Aqui no país, por enquanto, não há sinal de nenhuma grande movimentação por parte da justiça ou alguma importante entidade em relação ao assunto, apenas protestos por parte dos usuários nas redes sociais, que se sentem violados e inseguros em compartilhar informações pessoais no mensageiro. Nesse momento, talvez, caberia à justiça entrar com um processo para bloquear o aplicativo, já que o mesmo está indo contra o bem de seus clientes, mas, em vez disso, a mesma parece querer o contrário e coloca o interesse próprio acima dos demais.(tudo celular)