Desorganização e falta de dinheiro podem comprometer o sucesso dos Jogos Olímpicos no Rio
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. É fato que ocorreram problemas em todos os Jogos Olímpicos realizados até aqui – desorganização, ineficiência, terrorismo, pequenas grandes falhas, e coisa e tal.
Mas isso não pode servir de desculpa para sermos tolerantes com os responsáveis pelos jogos do Rio. Infelizmente, avolumam-se os indícios de que possamos estar às vésperas de um grande desastre.
Reunido ontem, o Comitê Olímpico Internacional (COI) deixou os pruridos de lado e não poupou de críticas o Comitê Rio-2016. Há risco de que pouca coisa funcione direito.
O COI atacou os planos de transporte, segurança, acesso aos locais de eventos, finanças e poluição, e alertou para partes das obras que estão simplesmente atrasadas, e que talvez não fiquem prontas a tempo.
Um dos dirigentes do COI admitiu ao jornal O Estado de S. Paulo que jamais viveu “uma crise assim”. O presidente do COI, Thomas Bach, disse que “é prematuro fazer elogios e cedo para comemorar”.
Acuado por jornalistas, Sidney Levy, chefe do Comitê Rio-2016, literalmente correu deles para escapar de perguntas. “Salve-me, salve-me”, gritou em fuga. Foi um vexame.
Levy esbarrou no diretor de Comunicação da Rio-2016, Mario Andrada, que o reprovou: “Isso aqui não é um circo. Vamos parar e responder às perguntas”. Nem por isso respondeu.
Um membro do Comitê Rio-2016 resume assim o que se passa: faltou planejamento, faltou dinheiro e sobrou ambição. A combinação de tais coisas poderá ser mortal para o sucesso dos jogos.(Blog do Noblat)
