Num mundo cada vez mais acelerado e dependente de atualizações, há quem sobreviva (e talvez até prefira) em versões antigas dos sistemas. É o caso de uma enorme quantidade de usuários do Android: de acordo com estudo levantado pelo Duo Labs, 32% deles ainda utilizam a versão 4.0 ou anterior do sistema, e isso é preocupante do ponto de vista da segurança.
A questão gera preocupação porque torna a plataforma vulnerável a “exploits”, falhas que geralmente atingem versões antigas que, por estarem desatualizadas, ficam mais vulneráveis e suscetíveis a invasões. Os sistemas operacionais atualizados adicionaram, ao longo do tempo, uma série de recursos e complementos de segurança ao Android para combater essas ameaças.
A equipe de pesquisa também descobriu que 1 a cada 3 usuários da plataforma da Google nem sequer utiliza senhas na tela de bloqueio, número que, comparado ao cenário do iPhone, é igualmente preocupante: 1 a cada 20 deixa de usar a senha no ecossistema da Apple. Esse aparente “desleixo” dos usuários do Android é o fator apontado como mais preocupante pelo levantamento.
Além disso, apenas 10% dos celulares com esse sistema operacional utilizam uma criptografia de dispositivo para o pré-boot. Cerca de 20%, indica a Duo Labs, estão rodando a versão 5.1.1 do Android, enquanto 5% fizeram o jailbreak (contra somente 0,4% de iPhones rooteados).
O órgão recomenda que as fabricantes “forcem” essas atualizações o quanto antes para que parâmetros relacionados à segurança sejam implementados e detectados. Muitos usuários não têm o hábito de checar se há uma nova atualização manualmente e, portanto, ela deve ocorrer automaticamente quando o aparelho estiver conectado numa rede WiFi.
Além disso, a Duo Labs especifica que os dispositivos Nexus, em especial, recebam as novas versões “diretamente” e “frequentemente”, até porque são aparelhos da própria Google. Existem ferramentas que podem escanear seu celular e ajudar a livrá-lo de ameaças, como a ferramenta X-Ray e o Clean Master, entre outros.