Plano Urbano Intermunicipal – PUI da Ilha de Itaparica
O processo de planejamento do Plano Urbano Intermunicipal – PUI da Ilha de Itaparica tem sido de fato uma falácia, e teve como finalidade apenas usar a sociedade civil, através do Grupo de Acompanhamento Local (GAL) dos dois municípios, para validar o que já estava pronto. Assim, o desequilíbrio é comprovadamente dos que hoje estão propondo um “planejamento” para a Ilha de Itaparica, que já apresentou ser insustentável devido às inúmeras invasões, em áreas de fragilidade ambiental, ocorridas na ilha desde o anúncio do Projeto SVO. Além dos severos impactos ambientais irreversíveis que o Projeto SVO causará ao ecossistema da Ilha de Itaparica, declarado, sem subterfúgios, pelo consultor português da empresa NEMUS (empresa portuguesa) consorciada à V&S (empresa baiana), que juntos estão elaborando o EIA – RIMA (estudo e relatório de impacto ambiental), apresentado preliminarmente e não oficialmente.
Isso porque produzimos naturalmente e com abundância um bem valiosíssimo chamado Água Doce, chamado também de Ouro Azul – um bem precioso, indispensável à vida que, de acordo com o relatório recente da ONU, será um recurso cada vez mais escasso em todo o Planeta Terra. Basta ver a situação que se encontram as Metrópoles da Região Sudeste, que já estão sem água. E, do jeito que “planejaram” o desenvolvimento urbano da Ilha de Itaparica este, com certeza será o nosso futuro também!
Utilizaram como estratégia rechaçar e desrespeitar representantes da Sociedade Civil Organizada, oficializados através de Decreto Municipal, capazes de compreender os resultados na prática o que estão propondo neste Projeto do SVO, que insistentemente é apresentado desde o início do processo de planejamento do PUI, apesar do posicionamento contrário por parte dos representantes da Sociedade Civil do GAL, ou por qualquer outro cidadão que passe a tomar conhecimento do que pretendem, e muito mais daqueles que têm propostas para um planejamento urbano sustentável para as futuras geracões da Ilha de Itaparica e da Baía de Todos os Santos – BTS, infelizmente!
Muito nos admira que consultores das empresas consorciadas de renome, junto aos representantes do Governo do Estado da Bahia tentar nos obrigando a aceitar esse Projeto SVO, que a cada vez que é apresentado se torna mais ESDRÚXULO!
Conclusão, todos os consultores contratados por milhões de reais e os técnicos dos órgãos do Estado da Bahia envolvidos no Projeto SVO, necessitam de no mínimo duas capacitações: uma sobre o meio ambiente da Ilha de Itaparica e da Baía de Todos os Santos e outra sobre o que vem a ser a verdadeira participação social no processo de planejamento, pois mostram que ainda estão “engatinhando”.
Por Fatima Madureira