Investigadores portugueses criam pastilha para as inflamações bocais
A pastilha, que contém analgésicos e antifúngicos, assume-se como uma alternativa aos tratamentos convencionais à base de elixires orais.
Uma equipa de investigadores do Centro Hospitalar Lisboa Norte e do iMed da Universidade de Lisboa desenvolveu uma pastilha mole para tratar das inflamações bocais. A investigação foi distinguida no início deste mês com o prémio Gruenthal/ASTOR.
As novas pastilhas assumem-se como uma alternativa aos tratamentos tradicionais à base de elixires e contêm compostos analgésicos e antifúngicos que combatem as infecções bocais e a respectiva dor. A dor associada à mucosite oral pode provocar vários problemas, sendo a complicação mais comum a restrição alimentar.
“A dor associada à mucosite oral conduz à restrição alimental e hídrica e é um dos sintomas mais reportados pelos doentes. Com esta investigação pretendemos estudar a estabilidade de uma formulação inovadora de pastilhas moles, contendo um antifúngico e um analgésico que actuam por dissolução lenta na cavidade oral, constituindo uma alternativa de tratamento com controlo mais eficaz da dor”, explica Filipa Cosme Silva, investigadora principal do estudo, cita o Jornal Médico.
Durante o estudo foram realizados ensaios de desagregação e dissolução em saliva artificial, bem como um estudo de estabilidade físico-química e microbiológica. A mucosite é um problema que surge habitualmente na sequência de tratamentos de quimioterapia e caracteriza-se pelo aparecimento de várias aftas e dor prolongada na cavidade oral.
O prémio, no valor de 2.500 euros, destina-se a premiar os trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspectos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor.
(Meu Bem Estar)