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Mapa sobre câncer revela diferenças entre países ricos e pobres

Os números relacionados aos pacientes com câncer de mama e colorretal apresentam melhora em países desenvolvidos e na América do Sul, com destaque para Brasil, Colômbia e Equador. É o que revela o maior mapa mundial de sobrevida após o câncer, publicado pelo El País, na versão em espanhol.
Segundo a pesquisa, o código postal é mais importante do que o código genético na saúde pública. O trabalho, elaborado por 500 pesquisadores com dados de 25 milhões de pacientes em 67 países, demonstra que o câncer é muito mais letal em umas regiões que em outras.
No Brasil, o câncer de mama chega a taxas de sobrevida em cinco anos de 87%. A taxa se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. Mas muitas pessoas vivem mais tempo.
Os Estados Unidos apresentam índice de quase 89%, Espanha de 84% e Mongólia, o pior nesta classificação, chega a apenas 56%.
No caso da doença colorretal, 68% dos pacientes, no Equador, continuam vivos cinco anos após o diagnóstico, diante dos 59% na Espanha.
O estudo, denominado Concord 2, aponta as diferenças sociais entre as nações ricas e pobres. A maior distinção é “provavelmente atribuível à desigualdade no acesso aos serviços de diagnóstico e tratamentos ideias”.
Os autores lembram que o número de aceleradores lineares – as máquinas utilizadas para produzir raios x capazes de destruir as células cancerosas de um paciente – varia geograficamente. Na Europa, há pelo menos uma máquina para cada 500.000 habitantes.
Na Índia, há uma para cada grupo de 2 a 5 milhões de pessoas. Em países como Kenia e Tanzania, há apenas um aparelho para mais de 5 milhões de habitantes. E em mais de 30 países da África e Ásia não há nenhum.
A sobrevivência de crianças aos cinco anos de idade diante do câncer mais comum na faixa etária, a leucemia linfoblástica aguda, atinge 90% no Canadá, Áustria, Bélgica, Alemanha e Noruega, e em países como Jordânia, Tunísia, Indonésia e Mongólia oscila entre 16% e 50%.
A pesquisa reforça a importância das políticas sanitárias. Na Lituânia, a sobrevida ao câncer de próstata passou de 52% em 1995 para 92% em 2009, graças ao melhor acesso à saúde e a implantação, em 2000, de exames diagnósticos precoces deste tumor.
Em sua segunda versão, a primeira foi publicada em 2008, o programa Concord estudou 10 tipos de câncer em países nos quais vivem dois terços da população mundial. Foram coletados dados entre 1995 e 2009.
A sobrevida aos 5 anos após o diagnóstico de câncer de pulmão melhorou no Israel e Japão, mas continua “medíocre” em algumas partes da Europa. Os cânceres de fígado e pulmão são os de pior prognóstico, com sobrevida menor do que 20% na maior parte do mundo.
Quanto ao câncer de estômago, a sobrevida é maior no sul e no leste da Ásia, chegando a 54% no Japão e a 58% na Coreia do Sul. Na Espanha é de 27%.
(Blog do Nolbat)

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