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HGE realiza o primeiro transplante de pele

Com mais de 80% do corpo atingido por queimaduras de 2º e 3º graus. A menor NSS, de 7 anos, foi submetida hoje a um transplante de pele no Hospital Geral do Estado (HGE), onde está internada desde o mês de junho, após sofrer queimaduras na face, tronco e membros superiores e inferiores. A criança, vítima de acidente doméstico com álcool, recebeu o primeiro atendimento em Irará, onde mora, e foi transferida para o HGE, onde já foi submetida a duas etapas de enxertia (colocação e enxerto com a própria pele), entre outros procedimentos. 
A cirurgia durou cerca de 6h e o coordenador da equipe que realizou o procedimento, o médico cirurgião Carlos Briglia, disse que ocorreu tudo dentro do esperado. “Tivemos um ótimo resultado nesta que foi uma importante etapa do tratamento da criança que ainda prosseguirá”, afirmou o médico. 
A criança foi a primeiro paciente a receber o aloenxerto, que é o enxerto com pele oriunda de doação de órgãos e tecidos, na unidade hospitalar. Para viabilizar a cirurgia, foi utilizada pele disponibilizada pelo Banco de Pele de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, já que a Bahia ainda não possui banco de pele. Até agora, esse tipo de transplante só havia sido realizado  no Hospital Universitário Edgar Santos (HUPES).                                                                                                    
O transplante de pele é indicado em casos de queimaduras, e também  nas perdas de substâncias da pele por tumor ou trauma. Entre os problemas mais comuns que podem ocorrer na implantação do enxerto estão seroma, hematomas e infecções. Para viabilizar procedimentos dessa natureza na Bahia, sem precisar recorrer a outros estados, o coordenador Estadual do Sistema de Transplantes, Eraldo Moura, explica que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está trabalhando no sentido de implantar um Banco de Multitecidos (pele, osso e válvulas cardíacas), que será financiado com recursos do Ministério da Saúde (MS).
Moura acrescentou que outro passo importante é o credenciamento de equipes e serviços para realizar o transplante, e ressaltou que atualmente o estado faz transplantes de tecidos: osso, córnea, medula óssea, pele; e de órgãos como rim, fígado, e o Hospital Ana Nery já está credenciado para transplante cardíaco e de pulmão. 
(HGE/Queimados)

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