Governo escolhe equipe econômica e dá guinada na política
Mudança de rumo na economia — Foram anunciados os ministros do segundo mandato na área econômica. Joaquim Levy; no Planejamento, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini que fica no BC. Eles só assumem após o Congresso mudar o cálculo do superávit desse ano. Não se sabe quem assumirá a secretaria do Tesouro. Houve críticas no PT à indicação de Levy. E ele chegou falando em medidas sensatas, que eram rechaçadas até pouco tempo atrás no governo: metas fiscais para três anos, redução da dívida, conter os repasses para o BNDES, transparência na contabilidade pública.
O PIB saiu do vermelho, mas não chega a ser azul — Subiu 0,1% no 3º tri e saímos da recessão técnica. É melhor do que a queda de zero virgula seis do segundo trimestre e pode melhorar a confiança. Em comparação com o mesmo período do ano passado o ano está com 0,2%
Outubro não foi vermelho, mas o ano ainda não é azul — Outubro teve um superávit de R$ 4,1 bi em outubro nas contas públicas, mas no ano ainda há déficit primário.
Rombo externo — O déficit na conta corrente de US$ 70 bi até no ano até outubro.
Semana de discussão no Congresso, e que discussão! — Debate acalorado sobre a mudança da meta fiscal, que o governo ainda não conseguiu aprovar. Deve conseguir na semana que vem, mas é preciso ficar claro o risco que existe em se escrever que o governo não tem mais que fazer superávit, como quer o projeto do senador Romero Jucá.
Inflação no atacado subiu — o IGP-M acelerou em novembro, para 0,98%, puxado pelos alimentos.
Medida de força na Energia — governo estipulou um novo preço máximo para a energia no mercado de curto prazo. Hoje em R$ 822, vai para R$ 388 em 2015. A diferença vai ser paga pelos consumidores através de um mecanismo chamado ESS que estará nas contas de pessoa física e jurídica.
Desmatamento: dos dados, o melhor — o governo divulgou que o desmatamento caiu 18% no ano pelo Sistema Prodes, mas ainda não divulgou os dados do Deter que mostram aumento nos últimos meses. Só divulgou o indicador que o favorece de olho na reunião sobre mudança climática que ocorrerá em Lima, Peru.
Mundo — O PIB dos EUA no 3º tri foi revisto para alta anualizada de 3,9%, puxado por consumo e investimentos.
(Blog da Míriam Leitão)