Buraco na camada de ozônio não diminui há quatro anos
Novos dados da Nasa, agência espacial americana, apontam que o buraco na camada de ozônio na Antártida não diminuiu nos últimos quatro anos. O tamanho do rombo é equivalente ao território da América do Norte, com dimensões de 24,1 milhões de quilômetros quadrados. Em 2013, o buraco media 24 milhões de km². Os números são quase os mesmos de 2010 e 2012, mas 9% menores do que os registrados no ano de 2000. Há 27 anos foi proibida a emissão de substâncias que danificam a camada.
“A área é menor do que a que vimos no final da década de 1990 e no início de 2000. Sabemos que os níveis de cloro estão diminuindo. No entanto, ainda estamos incertos sobre se, a longo prazo, o aquecimento da temperatura da estratosfera na Antártida pode realmente ajudar a reduzir a destruição da camada de ozônio”, explica Paul A Newman, cientista chefe sobre assuntos atmosféricos da Nasa.
Recuperação — Desde o fim dos anos 1980 foram proibidos os clorofluorcarbonos (CFCs), que eram encontrados em produtos como desodorantes aerossóis. Seu uso é extremamente prejudicial para a integridade da camada de ozônio, importante para proteger a Terra da radiação ultravioleta. O excesso desses raios é potencialmente prejudicial às plantas e ao ser humano: seus altos níveis levam ao câncer de pele.
De acordo com comunicado realizado mês passado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês) e pela Organização Mundial Meteorológica, há sinais positivos de que a camada de ozônio está no caminho certo para a sua recuperação, mas que demoraria mais 35 anos ou mais para se reestruturar aos níveis de 1980 — quando o buraco foi descoberto.
Segundo a Unep, se ocorrer a melhora, a partir de 2030 serão prevenidos dois milhões de casos de câncer de pele por ano.
(Veja)