Ao contrário da indústria, varejo deve crescer no ano
O volume de vendas no varejo em agosto melhorou 1,1% em relação a julho, alta que não ocorria havia dois meses. Já no varejo ampliado, que engloba veículos e material de construção, houve queda de 0,4% nessa base.
O resultado na comparação com 2013 também é negativo. No varejo ampliado, o volume de vendas caiu 6,8%, na comparação de agosto de 2014. No acumulado em 12 meses, o comércio varejista cresceu 3,6%.
Diferentemente da indústria, que vem produzindo menos, o varejo permanece com a atividade no campo positivo. O volume de vendas acumulado em 2014 está em 2,9%.
O sinal muda no varejo ampliado, que perde 1,5% no ano. Isso acontece principalmente por causa dos automóveis, cujas vendas caem.
O item mais positivo no mês de agosto foi o material escolar, com a volta às aulas. O resultado do comércio varejista não está brilhante. Mas não corre o risco de terminar o ano menor do que em 2013, como vai ocorrer com a indústria.
Podemos dizer que é um dado positivo para a economia brasileira. O varejista deve aproveitar o resultado para, no fim do ano, com a temporada de datas comemorativas como o Natal, contratar. Esses trabalhos temporários são uma boa porta de entrada do mercado de trabalho para os jovens, contra quem pesa o desemprego de 13,7%.
Por Míriam Leitão