Nigéria vence com ajuda da arbitragem, elimina a Bósnia e fica perto de vaga
O placar com apenas um gol e a presença das seleções número 44 e 21 no ranking da Fifa, respectivamente, podem enganar, mas Nigéria e Bósnia-Herzegovina fizeram mais um jogo de bom nível na Copa 2014. O duelo, que teve o menor número de faltas no torneio até agora (16), apresentou dois times buscando o ataque incessantemente, com vitória dos africanos por 1 a 0, graças também à colaboração da arbitragem neozelandesa.
Craque da Bósnia que poucas chances teve no jogo de estreia contra a Argentina, Dzeko dessa vez foi muito mais participativo. Aos vinte minutos do primeiro tempo, porém, viu o que seria seu primeiro gol em Copas ser anulado com a marcação de um impedimento inexistente. Menos de dez minutos depois, a Nigéria ficou em vantagem graças a gol de Odemwingie.
Pelo resto do jogo, o time africano, mais experiente, soube evitar o perigo, com os bósnios insistindo em um ineficaz jogo de cruzamentos na área. As melhores chances vieram apenas nos acréscimos do segundo tempo, quando brilhou a estrela do goleiro Eneyama, fazendo ótimas defesas em cabeceio e chute à queima roupa de Dzeko.
Com a vitória, a Nigéria foi a quatro pontos e ocupa a segunda posição no grupo F, dependendo de um empate contra a Argentina para se classificar às oitavas de final. Caso perca, tem de torcer contra o Irã no jogo contra a Bósnia, que, por sua vez, já está eliminada em sua primeira participação no Mundial.
Bósnia prejudicada e Nigéria sai na frente
O ritmo de jogo surpreendeu e, desde os primeiros minutos, nigerianos e bósnios se jogaram ao ataque incessantemente. A cada roubada de bola na defesa, ambos os times aceleravam ao máximo a condução da bola para o ataque. Diferenças, só na aproximação à área rival. Enquanto a Nigéria apostava principalmente nos chutes de fora da área, a Bósnia preferia os cruzamentos das laterais buscando Edin Dzeko.
Aos vinte minutos, a rede balançou pela primeira vez, a favor da Bósnia. Mas a seleção europeia acabou prejudicada pela arbitragem neozelandesa, que marcou impedimento inexistente quando Dzeko recebeu na entrada da área e chutou por cima de Enyeama. Pouco depois, o atacante teria chance parecida ao receber ótimo passe de Medunjanin, mas dessa vez o goleiro nigeriano conseguiu espalmar para escanteio.
Ironicamente, foi justamente quando a Bósnia mais pressionava que a Nigéria conseguiu abrir o placar, aos 29 minutos. Emenike avançou pela direita, ganhou de Spahic no corpo e tocou para Odemwingie chutar quase de dentro da pequena área e fazer o 1 a 0. Os bósnios reclamaram muito de uma suposta falta de Emenike na jogada, mas a arbitragem, desta vez, validou o gol.
Sem variação ofensiva, Bósnia é cozinhada por 45 minutos
Na volta do intervalo, o técnico Safet Susic parecia ter conseguido recuperar os ânimos de seus jogadores. Por dez minutos, a Bósnia praticamente não deixou a Nigéria passar de seu meio de campo e ficou com a bola no campo de ataque, próxima à área africana. Essa postura, porém, não resultou em lances de real perigo e, a partir do 11º minuto, a maior experiência nigeriana em Copas começou a fazer a diferença.
O domínio territorial se inverteu totalmente e, se por alguns momentos os europeus pareceram estar próximos do gol de empate, de repente eram os africanos que desperdiçavam chances de fazer o segundo e decidir o jogo. Autor do passe para o gol no primeiro tempo, Emenike era a principal arma com suas arrancadas em velocidade pela direita.
Prestes a ser eliminada, a Bósnia foi para o tudo ou nada nos minutos finais, mas a insistência em tentar apenas cruzamentos na área facilitou para a defesa nigeriana. As melhores chances vieram somente nos acréscimos, em cabeceio e chute à queima-roupa de Dzeko, mas nas duas ocasiões o goleiro Enyeama brilhou para garantir os três pontos para o time africano.
(IG)