Maior lua de Plutão pode ter tido oceano subterrâneo
Charon, a maior das cinco luas de Plutão, foi alvo de um novo estudo divulgado pela NASA. De acordo com a pesquisa, o corpo celeste apresenta sinais de rachadura em sua superfície – o que pode apontar que já existiu ali um oceano subterrâneo.
A novidade impressiona pelas circunstâncias. Localizada a cerca de seis bilhões de quilômetros do sol, Charon tem temperatura média em sua superfície estimada em 229º C negativos. O corpo celeste tem um oitavo da massa de Plutão.
“Estamos chegando em Plutão e Plutão é fascinante, mas Charon é fascinante também”, afirmou a cientista da NASA Alyssa Rhoden. A afirmação alude à sonda New Horizons que, dentro de um ano, deve estar circulando pela região do Sistema Solar onde fica o planeta anão e Charon, seu satélite.
Outros casos
Esta não é a primeira vez em que uma lua com indícios de conter líquido em seu interior é identificada pelos cientistas. Satélites de Júpiter e Saturno, as luas Europa e Encélado também apresentam esta característica.
Para a Ciência, a gravidade é a razão do fenômeno. No caso de Europa e Encélado, a atração gerada pelos grandes planetas que circulam e pelos outros satélites terminam gerando fraturas no terreno destas luas e calor interno – que dariam origem aos oceanos subterrâneos.
Porém, no caso de Charon, a explicação pode ser diferente. Até o momento, a hipótese defendida pelos cientistas indica que a distância exagerada em relação a Plutão pode ter dado origem a movimentos internos que justificariam às rachaduras de Charon.
(Exame)