EUA derrotam Gana por 2 a 1
A cidade de Natal, onde se instalou uma base dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, viu a história se repetir nesta segunda-feira, agora no gramado da Arena das Dunas. Com uma competente fortificação defensiva armada no seu campo de defesa, a seleção norte-americana segurou a pressão de Gana, teve um aproveitamento impecável no ataque e venceu por 2 a 1 a batalha pelo grupo G da Copa do Mundo.
Ofensivamente, a atuação da seleção dos Estados Unidos se resumiu a dois lances, um no início do jogo e outro nos minutos finais. O primeiro deles, aos 35 segundos de partida, começou numa cobrança de lateral de Beasley, passou pelos pés de Jones e terminou com um belo drible e o chute cruzado de Dempsey, que terminou no fundo da rede de Gana.
Difícil saber as reais intenções da seleção dos EUA para o jogo. Fato é que, depois do gol precoce e certamente inesperado, a equipe só se defendeu. E o fez bem, embora com uma boa dose de contribuição do adversário.
Válvula de escape da seleção de Gana pelo lado direito do gramado, o veloz Atsu foi o jogador mais acionado da partida. Por lá, infernizou o lateral Beasley, mas cometeu um erro: concluiu a maioria das jogadas com cruzamentos para a área, sempre bem combatidos pela defesa.
Quando resolveu mudar de lado e de estratégia, os ganeses criaram o melhor lance de perigo da etapa inicial. Gyan, pela esquerda do ataque, se livrou da marcação e bateu firme para difícil defesa de Howard, a única que ele fez nos 45 minutos inicias.
Só metade do campo
Com o tempo, a partida foi cada vez mais se concentrando no campo de defesa dos Estados Unidos, que se defendia com os 11 jogadores. Gana, embora tenha colocado ao menos 9 jogadores no campo de ataque, não mudou de estratégia, até pela falta de espaço para jogar pelo chão.
Se no primeiro tempo as tentativas de jogada alta foram infrutíferas, no segundo funcionaram melhor. Mas não o suficiente. Em duas dessas jogadas, Gyan achou espaço entre os defensores e levou perigo de cabeça, levando Howard a fazer uma boa defesa.
A essa altura, já estava claro que apenas um erro defensivo ou um lampejo de genialidade mudaria o placar. Aconteceu o segundo, num brilhante toque de calcanhar de Gyan que deixou André Ayew na cara do gol para empatar o jogo.
Eficiência pelo alto
Impecável nas jogadas aéreas defensivas, a seleção norte-americana mostrou o mesmo talento no ataque. Aos 41 minutos da etapa final, em cobrança de escanteio da direita, Brooks subiu sozinho e cabeceou para definir o jogo. O placar foi o mesmo dois dois confrontos entre as seleções em Copas do Mundo, em 2006 e 2010. Agora, porém, a favor dos Estados Unidos, derrotados nas duas ocasiões anteriores.