Em jogo fraco, gol nos acréscimos dá vitória à Suíça sobre o Equador
O duelo entre Suíça e Equador, um dos menos aguardados da fase de grupos da Copa do Mundo 2014, não decepcionou. Num Mundial de futebol ofensivo e bem jogado, com média de 3,5 gols por jogo até então, as duas equipes do grupo E mostraram que são exceção. Elas fizeram a pior partida do torneio, neste domingo, em Brasília, e a vitória dos europeus por 2 a 1, embora justa, ajuda a baixar um pouco a boa média.
Ao contrário do que se poderia imaginar, o jogo ruim não pode ser atribuídos à retranca suíça, marca registrada do time em Copas do Mundo. Os equatorianos foram até mais defensivos no estádio Mané Garrincha, e por isso foram castigados. O que ficou evidente dos dois lados foi a falta de qualidade ofensiva. A Suíça, melhor tecnicamente, foi burocrática, medrosa e sem criatividade. No único lance de coragem, partiu com tudo à frente e decidiu o jogo já nos acréscimos.
Inversão de papeis
O primeiro tempo foi todo da seleção suíça, o que não significa muita coisa. Pouco criativa, a equipe europeia se limitou a chutes de fora da área, quase sempre do bom Shaqiri. E não foram poucos os chutes. Do lado equatoriano, se os zagueiros, volantes e laterais mostraram eficiência, o goleiro Domínguez deixou evidente sua insegurança. Ele bem que tentou contribuir com o adversário, rebatendo chutes e se enrolando com a bola. Mas não falhou o bastante para permitir um gol.
Do outro lado, a sempre temida defesa suíça não foi eficiente como nos tempos do ferrolho. Em cobrança de falta da ponta direita, Ayovi ergue a bola para a área, os zagueiros ficaram parados e Enner Valencia apareceu sozinho para abrir o placar, de cabeça. Foi a senha para o Equador recuar, forçar a Suíça a atacar e, assim, iniciar o processo de tortura do torcedor presente ao estádio Mané Garrincha.
Os suíços podem ser acusados de falta de criatividade, mas não de inteligência. Mesmo sem sucesso no primeiro tempo, a equipe manteve a estratégia de arriscar chutes de longe na etapa final. Foi assim que conquistou o escanteio que levou ao gol de empate. Mehmedi, que entrou no time no intervalo, marcou de cabeça em sua primeira participação no jogo. Contou com a ajudinha do ferrolho equatoriano, que deixou o atacante subir à vontade para marcar.
Um pouco de futebol
Não que Suíça e Equador tenham aprendido a jogar de uma hora para a outra. Mas, a partir dos 10 minutos do segundo tempo, ao menos o jogo se abriu, e o torcedor teve a oportunidade de se divertir um pouco durante 35 minutos. Mais com os suíços, melhores tecnicamente e com maior posse de bola, mas burocráticos em excesso. E menos com os equatorianos, perigosos apenas nos contra-ataques.
A saída de Montero, o melhor equatoriano do jogo, deve ter sido um alívio para a Suíça, que parou de ver o baixinho infernizando a defesa pelo lado esquerdo. Não que a mudança tenha decidido o jogo, mas ajudou a fazer justiça. Melhores em campo, os suíços resoverm ousar já nos acréscimos. Após a demora de Arroyo para concluir um lance de ataque, os suíços partiram em velocidade e Seferovic apareceu na área para concluir a jogada.
FICHA TÉCNICA – SUÍÇA 2 X 1 EQUADOR
Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Data: 15 de junho de 2014, domingo
Horário: 13h00 (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Assistentes: Abduxamidullo Rasulov e Bakhadyr Kochakarov (ambos do Uzbequistão)
Cartões amarelos: Paredes (Equador); Djorou (Suíça)
Gols:
EQUADOR: Enner Valencia, 22 minutos do primeiro tempo
SUÍÇA: Mehmedi, 3 minutos, e Seferovid, 46 minutos do segundo tempo
Data: 15 de junho de 2014, domingo
Horário: 13h00 (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)
Assistentes: Abduxamidullo Rasulov e Bakhadyr Kochakarov (ambos do Uzbequistão)
Cartões amarelos: Paredes (Equador); Djorou (Suíça)
Gols:
EQUADOR: Enner Valencia, 22 minutos do primeiro tempo
SUÍÇA: Mehmedi, 3 minutos, e Seferovid, 46 minutos do segundo tempo
SUÍÇA: Benaglio; Lichtsteiner, Djorou, Von Bergen e Rodríguez; Behrami , Inler, Shaqiri, Xhaka e Stocker (Mehmedi); Drmic (Seferovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld
EQUADOR: Dominguez; Paredes, Erazo, Guagua e Ayovi; Gruezo, Noboa, Montero (Rojas) e Antonio Valencia; Caicedo (Arroyo) e Enner Valencia. Técnico: Reinaldo Rueda
(IG)