Meditar melhora a memória e alivia o estresse
Após oito semanas de meditação, praticantes apresentaram modificações em certas regiões do cérebro ligadas a memória, auto-consciência, empatia e estresse, demonstra um estudo realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts.
A pesquisa, que deve ser concluída em 2015, pode ser a primeira a identificar mudanças cerebrais provocadas pela prática meditativa.
“Apesar de a meditação estar associada a uma sensação de paz e de relaxamento físico, os praticantes defendem que ela também proporciona benefícios cognitivos e psicológicos que persistem ao longo do dia”, diz a PhD Sara Lazer, autora da pesquisa.
“Este estudo pode comprovar essas melhoras relatadas por praticantes e afirmar que eles não estão se sentido bem apenas porque passaram um tempo relaxando.”
Para o estudo, imagens de ressonância magnética do cérebro dos 16 participantes foram tiradas duas semanas antes e duas semanas depois de sua participação no programa de 8 semanas de prática meditativa na Univerdade de Massachusetts, que incluía uma média de 27 minutos de meditação por dia.
Os estudiosos também registraram, em um intervalo similar, imagens do cérebro de um grupo de pessoas que não meditavam.
A comparação entre as imagens do cérebro antes e após o período de prática meditativa demonstrou um aumento da densidade de massa cinzenta no hipocampo, conhecido por sua importância no aprendizado e na memória e, em estruturas associadas com o auto-conhecimento, compaixão e introspecção.
Participantes que relataram estar menos estressados apresentaram uma menor densidade de massa cinzenta na amígdala, que tem papel importante na ansiedade e no estresse.
O grupo de não-praticantes não apresentou nenhuma dessas modificações cerebrais, apontou o estudo.
(Exame)