Embriões clonados geram células-tronco para curar diabetes
Agora são três: na esteira dos laboratórios do Oregon e da Califórnia que anunciaram ter criado embriões humanos clonando células de pessoas vivas, um laboratório de Nova York anunciou nesta segunda-feira ter feito isso e muito mais.
Além de clonar as células de uma mulher com diabetes e produzir embriões e células-tronco que são suas cópias genéticas perfeitas, os cientistas fizeram as células-tronco se transformarem em células capazes de secretar insulina.
Isso despertou esperanças de se realizar um sonho de longa data das pesquisas com células-tronco, a saber, criar células de reposição específicas para pacientes com diabetes, Mal de Parkinson, defeitos cardíacos e outras moléstias devastadoras.
Mas também deixou implícito que o que a Igreja Católica e defensores do direito à vida vêm alertando há tempos pode ser iminente: a criação científica de embriões humanos a pedido.
A trinca de sucessos “aumenta a probabilidade de que embriões humanos sejam produzidos para gerar terapia para um indivíduo específico”, disse o professor associado de bioética Insoo Hyun, da Universidade Escola de Medicina Case Western Reserve, em Cleveland, nos Estados Unidos. E “a criação de mais embriões humanos para experimentos científicos é certa”.
O progresso acelerado na pesquisa com células-tronco embrionárias começou em maio passado. Os cientistas, liderados por Shoukhrat Mitalipov, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, relataram ter criado embriões humanos saudáveis nos primeiros estágios da vida – esferas ocas de cerca de 150 células – pela fusão de óvulos com células de um feto, em um experimento, e de uma criança em outro.
No início deste mês, cientistas do Instituto de Células Tronco CHA, em Seul, na Coreia do Sul, anunciaram ter obtido o mesmo feito com células de pele de dois homens adultos.
(Exame)