Paulo Câmara lança o aplicativo do Botão do Pânico
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), lançou o aplicativo do Botão do Pânico. A iniciativa é pioneira no Brasil. O aplicativo pode ser instalado nos smarthphones de mulheres vítimas da violência monitoradas pela Justiça. Ontem (20), Paulo Câmara entregou ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Eserval Rocha, o aplicativo do Botão do Pânico. A Bahia é o segundo estado do país no ranking de assassinatos contra mulheres praticados por parceiros.
“É uma ferramenta tecnológica importante e inovadora no combate à violência contra a mulher. Através do aplicativo, a mulher que sofrer ameaças de seus maridos, ex maridos e companheiros pode acionar a polícia com apenas um toque no celular. O aplicativo vai fornecer às autoridades competentes meios de combater com mais eficiência e agilidade os crimes contra a mulher no estado”, frisou Paulo Câmara.
Na versão já existente e utilizada no Espírito Santo, o Botão do Pânico é um dispositivo eletrônico que possui GPS e também gravação de áudio. No momento em que o botão é pressionado, a central de monitoramento recebe um chamado e a viatura mais próxima vai até o local.
Projeto de Indicação ao Governo do Estado
O Projeto de Indicação (PIN 01/2014) do Botão do Pânico, de autoria do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Paulo Câmara, e endereçado ao governador Jaques Wagner, sugere a adoção do Botão do Pânico pela Secretaria de Segurança Pública.
Dados da violência contra a mulher
Entre 2009 e 2011, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios, ou seja, “mortes de mulheres por conflito de gênero”, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. No ranking dos estados, a Bahia está em segundo lugar no país. Eis os números: Espírito Santo, 11,24 mortes a cada 100 mil mulheres e Bahia, 9,08 assassinatos a cada 100 mil mulheres
Em Salvador, de janeiro a junho deste ano, foram registrados pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 1.486 casos de mulheres que prestaram queixa após sofrer agressão com lesão corporal. “Entretanto, como muitas mulheres não prestam queixa de seus cônjuges, estes números estão longe da realidade”, finalizou Paulo Câmara.