Inflação alta, persistente e nem todos os preços contabilizados
Queria também chamar atenção para a inflação do Rio de Janeiro, que foi de 1,07% em fevereiro e, em 12 meses, está em 6,80%, acima do teto da meta. Isso explica um pouco a sensação que as pessoas têm de que a inflação está mais alta aqui. O governo trata 6,5% como meta, mas é o limite, quando a “água já está no pescoço”. A segunda cidade em que a inflação mais subiu foi São Paulo, com 0,97%.
Os índices de inflação permanecem em torno de 6% no Brasil, apesar de as taxas de juros já terem subido bastante e alguns preços estarem controlados. Preocupa, portanto, por estar resistente e nem tudo estar contado ainda, como é o caso da energia, que ninguém sabe exatamente quando vai bater no bolso do consumidor. A gasolina também é vendida abaixo do preço pago pela Petrobras, prejudicando a empresa e a balança comercial.
O conjunto, portanto, é mais preocupante do que o índice de fevereiro: inflação alta, persistente e não devidamente contabilizada, não por culpa do IBGE, que faz a conta direito. O governo controla alguns índices, mesmo com o custo de se criar um aumento no rombo fiscal que, depois, será repassado ao consumidor.
Não é hora de baixar a guarda para a inflação.