EconomiaSem categoria

Inflação alta, persistente e nem todos os preços contabilizados

O resultado da inflação de fevereiro, de 0,69%, foi um pouco pior do que se imaginava; com isso, em 12 meses, subiu para 5,68%. Há algumas explicações pontuais para isso: o grupo educação, por exemplo, pesou mais por causa do reajuste das mensalidades escolares, aumentando em relação a janeiro. Já os preços dos alimentos desaceleraram, apesar de alguns produtos da feira terem ficado mais caros por conta do clima. Subiu o valor do aluguel também. No começo do ano, é de amargar: temos que “apertar os cintos” porque há vários aumentos.
Queria também chamar atenção para a inflação do Rio de Janeiro, que foi de 1,07% em fevereiro e, em 12 meses, está em 6,80%, acima do teto da meta. Isso explica um pouco a sensação que as pessoas têm de que a inflação está mais alta aqui. O governo trata 6,5% como meta, mas é o limite, quando a “água já está no pescoço”. A segunda cidade em que a inflação mais subiu foi São Paulo, com 0,97%.
Os índices de inflação permanecem em torno de 6% no Brasil, apesar de as taxas de juros já terem subido bastante e alguns preços estarem controlados. Preocupa, portanto, por estar resistente e nem tudo estar contado ainda, como é o caso da energia, que ninguém sabe exatamente quando vai bater no bolso do consumidor. A gasolina também é vendida abaixo do preço pago pela Petrobras, prejudicando a empresa e a balança comercial.
O conjunto, portanto, é mais preocupante do que o índice de fevereiro: inflação alta, persistente e não devidamente contabilizada, não por culpa do IBGE, que faz a conta direito. O governo controla alguns índices, mesmo com o custo de se criar um aumento no rombo fiscal que, depois, será repassado ao consumidor. 
Não é hora de baixar a guarda para a inflação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *